Lisboa: Patriarca indica os verbos «escutar, anunciar, converter» como «bússola» do ano pastoral

D. Rui Valério assina carta para ano pastoral 2025/2026

Lisboa, 18 set 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa pediu à diocese que faça dos verbos ‘escutar, anunciar, converter’, “a bússola” em 2025/2026, numa carta que escreveu ao clero e às comunidades cristãs, pelo início do novo ano pastoral.

“Não é outra a missão da Igreja senão evangelizar, ou seja, fazer brilhar a luz do Evangelho em todas as dimensões da vida humana. Também nós, como comunidade diocesana, queremos deixar-nos guiar pelo Espírito para sermos uma Igreja missionária, capaz de escutar, anunciar e convidar à conversão”, escreve D. Rui Valério, na carta divulgada esta hoje pelo Patriarcado de Lisboa.

O responsável diocesano na carta ao clero e às comunidades cristãs pede que – “em cada paróquia, comunidade, movimento, família e grupo” –, façam dos verbos — “escutar, anunciar, converter” — “a bússola deste ano pastoral” 2025/2026, que está a começar, e a todos confia “à intercessão da Virgem Maria, Mãe da Igreja e primeira discípula missionária”.

Queridos irmãos e irmãs, este é o tempo favorável. O Senhor chama-nos a ser uma Igreja que escuta com fé, anuncia com alegria e convida à conversão com esperança. Só assim nos tornaremos realmente missionários, fermento de Evangelho no meio do mundo.”

D. Rui Valério, no início deste ano pastoral, “ainda no ritmo do Jubileu e já na iminência de recomeçar as visitas pastorais”, salienta que “o Senhor” chama-os a “renovar o ardor missionário” e a redescobrirem a beleza de serem “Igreja que vive, anuncia e testemunha o Evangelho no meio do mundo”.

O patriarca de Lisboa, na sua carta, desenvolve cada um dos três verbos sugeridos, e explica que “a missão começa sempre pela escuta”, por isso, antes de falar, é necessário aprender a escutar, “a Deus na oração, a Sua Palavra nas Escrituras e os irmãos no concreto das suas vidas”

“A dinâmica da escuta torna-se constitutiva da vida de fé, não como exercício exterior, mas como entrada numa dinâmica que nos introduz na vida divina”, acrescentou.

Dessa escuta “brota o anúncio”, porque quem escuta verdadeiramente a Palavra “não pode guardá-la para si, mas sente a urgência de a partilhar”, e esse anúncio deve ser feito “com palavras, mas sobretudo com gestos, com vida coerente, com testemunho de caridade, na busca da santidade”.

“Uma Igreja missionária não se fecha nas suas estruturas, mas abre-se ao mundo para levar a todos a alegria do Evangelho, correspondendo ao mandato que recebeu de Jesus”, desenvolveu.

Segundo D. Rui Valério, “o anúncio autêntico não deixa ninguém indiferente”, e este é o terceiro passo que nasce da escuta e da evangelização, porque “provoca uma resposta, chama à conversão”.

Foto: Arlindo Homem/Patriarcado de Lisboa

“Não pode ser algo só teórico, mas é uma resposta que envolve toda a vida, tudo o que somos e queremos”, patriarca de Lisboa, na sua carta ao clero e às comunidades cristãs, publicada na página na internet da diocese.

Numa mensagem a propósito do Programa Pastoral e Calendário Diocesano 2025/2026, D. Rui Valério incentivou à concretização de uma Igreja missionária.

CB/OC

Partilhar:
Scroll to Top