D. Rui Valério convida a viver e implementar a programação jubilar e a pastoral ordinária, ainda «com maior empenho, dedicação e ardor»

Lisboa, 24 jun 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, escreveu uma mensagem a propósito do Programa Pastoral e Calendário Diocesano 2025/2026, publicada hoje, na qual incentiva à concretização de uma Igreja missionária.
Lembrando o tema “Caminhemos na esperança”, que marca o programa pastoral 2024-2026, o responsável católico convidou todos a fazerem caminho testemunhado na unidade que é dom de Deus e tarefa de cada um dos batizados, assinalando que “só assim se pode dar aquela grande prioridade, que é a ‘Conversão missionária da pastoral’”.
“Isto é, termos consciência que a missão não é só mais uma tarefa da Igreja, mas diz respeito à sua própria natureza e identidade. A Igreja é chamada a fazer presente, em todos os tempos e em todas as geografias, o amor de Deus. Por isso, não há nada que a Igreja faça que não seja missão”, assegurou.
D. Rui Valério destacou que “é importante que o fulgor em todas as estruturas – seja nas paróquias, nas pequenas comunidades, na cúria e seus departamentos e em todas as realidades eclesiais – se respire o propósito e o ardor pela missão”, no entanto enfatizou que, para isso, “não bastam planos e estruturas”.
“A missão está, em primeiro lugar, no coração de cada um dos batizados, consciência que tem sido reavivada pela caminhada sinodal da Igreja universal”, referiu.
O patriarca de Lisboa assinalou que todo este caminho tem vindo a acontecer no Patriarcado, sobretudo no pós Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, e realçou que a “’conversão missionária da pastoral’ veio trazer tons particulares ao que tem sido a vivência do Jubileu 2025”.
Segundo D. Rui Valério, os jubileus setoriais, os santuários e igrejas jubilares, as diversas iniciativas que têm sido promovidas, quer a nível diocesano, quer a nível vicarial e paroquial, bem como todas as ações que as famílias cristãs procuram viver, “têm sido sinais importantes de uma Igreja ‘em saída’, que leva Cristo a todos”.
O caminho, contudo, não terminou… o Ano Jubilar continua, para reforçar no coração de cada um de nós o compromisso de sermos Igreja que é sinal de esperança. Aquilo que é a programação jubilar ainda a ser vivida e implementada, assim como tudo aquilo que é a pastoral ordinária, deve ser vivido ainda com maior empenho, dedicação e ardor”, pediu.
A mensagem faz referência ao Jubileu da Missão que será celebrado no Patriarcado de Lisboa entre 3 e 8 de novembro e, segundo o patriarca de Lisboa, “será, de forma particular, um momento alto de ensaiar formas de sermos Igreja missionária, que parte, em estilo sinodal, ao encontro de todos e cada um”.
D. Rui Valério conclui a mensagem a sublinhar que “importa ter consciência” que só é possível ser “mais e melhor Igreja missionária” se houver “maior profundidade na vivência do dom batismal que todos” recebem.
“A ‘comunhão, participação e missão’ nasce, em primeiríssimo lugar, do dom da graça de Deus, que derrama o seu amor, renova cada um na graça e envia a ser testemunho. Por isso, será importante regressarmos todos ao Documento final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, para se reativar todos os processos e órgãos de participação na vida eclesial”, enfatizou.
Na mensagem, D. Rui Valério assinalou que o novo Ano Pastoral 2025/2026 começou “marcado por sinais cheios de esperança para a Igreja” e, em geral, para o Patriarcado de Lisboa, em particular, falando na caminhada jubilar iniciada pelo Papa Francisco, falecido a 21 de abril, na celebração luminosa da Páscoa deste ano jubilar, “mais um dos sinais eloquentes que ele nunca deixou de dar a toda a Igreja”.
O patriarca de Lisboa destacou também a eleição do Papa Leão XIV, que renovou “o dom da graça de Deus que nunca abandona a Sua Igreja e sempre envia pastores solícitos para a guiar”.
LJ/OC