D. Manuel Clemente diz que obra de Pardal Monteiro mostra «itinerário cristão» a seguir
Lisboa, 14 out 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa assinalou este domingo os 75 anos da igreja de Nossa Senhora de Fátima com uma missa a que presidiu no local, destacando a importância do seu “itinerário cristão”.
“Estou certo de que quantos vieram a esta igreja, ao longo dos setenta e cinco anos já passados, ganharam algo ou muito do que se pretendeu então, transpondo para as suas vidas o que este espaço lhes ofereceu e oferece: amplidão envolvente e concentração luminosa”, declarou D. Manuel Clemente, numa homilia publicada pelo site do Patriarcado de Lisboa.
O responsável sublinhou a importância da igreja de Nossa Senhora de Fátima, obra de Pardal Monteiro, no quadro de construção de novos espaços de culto ao longo do século XX, na capital portuguesa.
“Este templo ilustra clarissimamente o que foi a primeira década do ministério episcopal do cardeal Cerejeira em Lisboa. Ilustra sobretudo a sua grande determinação e até coragem, no sentido de reconstruir a vida diocesana depois das grandes dificuldades das décadas anteriores”, afirmou.
“A construção da precisamente aqui onde a urbanização de Lisboa se alargava, integrou-se neste plano. E a novidade da topografia aliou-se perfeitamente com a novidade da arquitetura e das artes, numa modernidade consciente e assumida”, observou ainda.
Segundo D. Manuel Clemente, o edifício evoca um tempo de “reconstrução espiritual e física do Patriarcado de Lisboa.
“No que a este templo respeita, queriam utilizar os meios técnicos que a modernidade conseguira, para incluir em novas avenidas a novidade plástica que o tempo apreciava. E aqui mesmo se traduziu, num edifício que junta motivos tradicionais e espacialidades recentes, muito do que se pretendia e que o cardeal Cerejeira resumiu em duas palavras: modernidade e beleza”, precisou.
OC
