D. Rui Valério esteve presente na inauguração do espaço, uma obra com valências para todas as idades e um investimento superior a cinco milhões de euros

Lisboa, 07 jul 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa participou, este domingo, na inauguração do novo edifício do Centro Social e Paroquial de Barcarena (Oeiras), uma construção que considera ser “uma homenagem à dignidade do ser humano”.
“Gostaria de sublinhar o carinho, o amor, a ternura que esta comunidade tem para com a dignidade do ser humano”, salientou D. Rui Valério, que presidiu à Eucaristia e abençoou o novo espaço.
Depois do descerramento de uma placa comemorativa, da bênção do novo equipamento e de uma visita às instalações, o patriarca destacou a importância simbólica e social da nova infraestrutura, sintetizando a sua mensagem em três palavras: gratidão, memória e esperança, informa o Patriarcado de Lisboa.
“Estamos na presença de um projeto que conheceu várias faces: foi sonho, depois foi projeto e agora torna-se realidade”, disse, manifestando um profundo agradecimento à comunidade paroquial, à autarquia, à junta de freguesia e a todos os envolvidos.

Na cerimónia em que estiveram presentes autoridades civis e eclesiásticas, D. Rui Valério sublinhou a dimensão histórica e afetiva do novo centro, evocando a memória dos que tornaram possível esta obra e, sobretudo, o compromisso com aqueles que mais precisam.
“Esta obra aqui vai ficar como uma recordação de que nunca foram esquecidos aqueles que necessitavam de ser apoiados”, indicou.
O patriarca de Lisboa realçou que esta inauguração é um sinal de esperança, associando-a ao Jubileu 2025 proclamado pelo Papa Francisco.
“Esta é uma obra que ficará associada à esperança, porque é inaugurada no ano do jubileu. Em cada uma das salas encontramos aqueles que serão os protagonistas do amanhã. Isso é o gesto concreto da esperança”, sublinhou.
Com valências para todas as idades e um investimento que rondou os 5,1 milhões de euros, o novo edifício foi financiado sobretudo pela Câmara Municipal de Oeiras, com apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estando preparado para acolher 84 crianças em creche, 75 em pré-escolar e 34 em atividades de tempos livres, integrando ainda áreas administrativas, cozinha central e refeitório.
Na sessão solene, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras expressou que “não é possível ficar indiferente a uma obra como esta, tendo em conta os seus destinatários”, e enalteceu o papel social das paróquias no concelho, sublinhando que “a relação entre a Câmara e as diferentes paróquias ao nível do apoio à infância e à terceira idade é notável”.
“Na realidade, aqui, a Igreja cumpre um papel social fundamental. É muito importante que a Igreja tenha esta preocupação social, porque é assim que se mostra a preocupação com os mais necessitados”, salientou Isaltino Morais.
A presidente da Junta de Freguesia de Barcarena, Bárbara Silva, enfatizou que o novo espaço “não é apenas físico”, mas também “um lugar de afetos, de educação e de vida”: “A infância é um dom e este espaço semeia valores e constrói confiança”.
Já presidente da direção do Centro Social e Paroquial de Barcarena, diácono Carlos Borges, caracterizou o momento como a realização de um sonho antigo, assinalando que “o dia 6 de julho de 2025 ficará para sempre gravado a letras de ouro” na memória.

“Aqui, as crianças encontrarão um espaço para aprender e brincar, os jovens um ponto de encontro, os adultos um centro de formação e os idosos um ambiente de convívio e apoio”, referiu.
No final da intervenção, o responsável lançou um novo apelo à Câmara Municipal de Lisboa: “Hoje alimento um sonho: o de construir, em frente a este edifício, um novo centro de dia, adequado e moderno, para cuidar dos nossos idosos com dignidade. Contamos com o apoio da Câmara Municipal para mais este passo em direção a uma Barcarena que cuida de todas as gerações”.
Na Eucaristia, num espaço adjacente ao novo edifício do Centro de Multivalências de Barcarena, D. Rui Valério desejou “que quem contacta este centro se torne instrumento de serviço aos outros”, esperando que esta “seja uma obra à cidadania, à cidadania que é serviço aos outros”.
LJ/OC