Lisboa: Orçamento Participativo promove exposição na Igreja de São Cristóvão

«Não te faltará a distância»

Lisboa, 11 fev 2016 (Ecclesia) – A igreja de São Cristóvão, no bairro histórico da Mouraria, do Patriarcado de Lisboa, vai receber a exposição ‘Não te faltará a distância’ promovida pelo Orçamento Participativo do município lisboeta, a partir de hoje até 07 de julho.

“A exposição propõe uma reflexão em torno de temas suscitados por esta narrativa – a viagem, a distância, o peso, a leveza – ao mesmo tempo que permite um novo olhar e inusitados pontos de vista sobre a Igreja de São Cristóvão, espaço feérico que mantém a pureza do seu traçado proto barroco”, informa a direção Municipal de Cultura de Lisboa.

Numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, informa que a exposição foi desenhada em quatro passos, cada um associado a um artista: Madalena Victorino; Martin Monchicourt; o belga Francis Alÿs; o galardoado Prémio Pessoa 2015, Rui Chafes e Agnes Martin.

A inauguração, com o projeto ‘VÃO’, que vai ocupar a “igreja esvaziada” ressalta a relação do “corpo com o espaço sagrado”, conta com a participação de moradores locais e são visitas participativas para crianças.

Madalena Victorino, patente de 11 e 27 de fevereiro, apresentar dois trabalhos: ‘Ringue’ – uma oração coreográfica que parte da tela que se encontra na sacristia da igreja, “Cristo a abraçar seu pai, São José no leito de morte”; e ‘Corações ao Alto’ – uma criação vocal inspirada nas sonoridades musicais das diferentes tradições religiosas que “coabitam em Lisboa”, com um coro de voluntários não profissionais.

A 27 de fevereiro, ‘o corpo, o lugar e a distância’ é uma conversa em “redor” do corpo, da dança e da sua relação com o espaço sagrado, às 19h00.

Depois, a igreja de São Cristóvão acolhe obras de Francis Alÿs, a 17 de março, e do escultor Rui Chafes, que vai apresentar uma instalação de esculturas concebidas para o espaço da igreja, a 5 de maio.

Agnes Martin vai encerrar esta mostra com o filme Gabriel (1976), a 07 de julho, em simultâneo com um ciclo de cinema sobre o tema da viagem, a decorrer nas associações e coletividades da Mouraria.

Durante o período da exposição ‘Não te faltará a distância’, o exterior da igreja conta com uma intervenção nas Escadinhas de São Cristóvão, do francês Martin Monchicourt, que marca o percurso entre o templo e a Rua da Madalena.

A mostra ‘Não te faltará a distância’, comissariada por Paulo Pires do Vale, é uma exposição no tempo, entre fevereiro e julho, que “exige o regresso” à igreja seiscentista da Mouraria para ver as obras dos momentos sucessivos, e “descobri-la já diferente, outra”.

A exposição integra o projeto do Orçamento Participativo de Lisboa ‘Arte por São Cristóvão’, que visa a recuperação da igreja.

A igreja do Patriarcado de Lisboa é um dos cinquenta monumentos, e o primeiro edifício religioso nacional, incluído na lista da World Monuments Watch 2016, dedicada à defesa de estruturas históricas em perigo e à sua promoção junto de investidores e parceiros.

Construída em 1680, esta igreja resistiu ao terramoto de 1755, contando com 44 telas de Bento Coelho da Silveira.

CB

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