Cardeal-patriarca fala numa mensagem «decisiva» que a Igreja tem de transmitir
Lisboa, 12 mai 2011 (Ecclesia) – Foi apresentada na terça-feira a obra ‘Atraídos pelo Infinito’, que reúne o pensamento de D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, assinalando os seus 50 anos de sacerdócio.
“Cinquenta anos é um tempo curto demais para nos tirar a esperança e eu sinto que nós, Igreja, somos portadores de um tesouro indispensável para o futuro da humanidade. Temos nas nossas mãos uma mensagem que é decisiva”, disse o cardeal na sessão de apresentação do livro, que decorreu na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.
Promovida pela comissão que preparou o programa de comemorações do jubileu sacerdotal, a obra conta com as participações de António Araújo, Guilherme d’Oliveira Martins e D. Manuel Clemente.
Segundo o reitor da UCP, Manuel Braga da Cruz, “não é um livro sobre o senhor D. José, embora seja um livro que reflete sobre ele, sobre o seu pensamento, sobre a sua pessoa e, sobretudo, sobre o seu testemunho”.
Zita Seabra, a responsável pela Alêtheia, que edita a obra, caracteriza o cardeal José Policarpo como “um homem do 25 de abril, da liberdade e da cultura”, considerando-o “um sacerdote do seu tempo, que viveu o sobressalto de quem viveu e foi ordenado no período do Concilio Vaticano II”.
Considerando-se um homem “pouco dado a homenagens pessoais”, o patriarca de Lisboa frisou que “a mensagem decisiva” que a Igreja é chamada a anunciar só pode ser transmitida “na medida em que acreditamos nos homens, apesar dos seus defeitos e limites, aprendendo a não olhar apenas para os aspetos negativos”.
Na obra, o atual bispo do Porto, D. Manuel Clemente, diz que “a relação Igreja-Mundo é tema central no pensamento de D. José da Cruz Policarpo”.
“Acentuo desde já que raramente um tema incarna tão justamente numa figura. Por isso escolhi como título «Cardeal Policarpo, ou o tempo assinalado». Foram cinquenta anos a ilustrar uma verdade”, escreve.
Já Guilherme d’Oliveira Martins fala num “percurso académico muito seguro e desperto para o mundo contemporâneo, que procurou sempre ligar a reflexão teológica às preocupações antropológicas e históricas”.
Mais informações sobre a obra e a sessão de apresentação estão disponíveis no site oficial do Patriarcado de Lisboa.
VV/OC