Lisboa: Paróquia e grupo de acólitos tiveram lugar central na descoberta vocacional dos padres João Ribeiro e Francisco Costa Alves

Novos sacerdotes comentaram também os textos bíblicos que vão ser escutados nas Eucaristias de domingo, a partir da leitura do Evangelho

Lisboa, 11 jul 2025 (Ecclesia) – Os padres João Ribeiro e Francisco Costa Alves, do Patriarcado de Lisboa, partilharam hoje o seu percurso vocacional, uma descoberta que começou nos acólitos nas respetivas paróquias, e recordaram a ordenação sacerdotal, no dia 29 de junho.

“A minha paróquia foi um lugar de descoberta da relação com Jesus. Eu estive envolvido sempre em vários grupos da paróquia, nomeadamente os acólitos, a Associação de Acólitos que em Peniche tem uma expressão, há muitos anos, grande, e mais do que um grupo de acólitos era também uma família de fé”, disse o padre João Ribeiro, esta sexta-feira, 11 de julho, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O jovem sacerdote do Patriarcado de Lisboa lembra que os acólitos de Peniche realizavam peregrinações, retiros, encontros, e foi-se “aproximando de Jesus e ganhando amor à liturgia também através da associação”, onde teve “os momentos espiritualmente mais profundos, na adolescência”.

“Foi muito importante sentir a Associação de Acólitos como uma família, e perceber que isso também se alargava ao resto da paróquia, e aos outros grupos onde estive. E, este sentido de comunidade e de fraternidade foi também algo que sempre me chamou a continuar e a participar ativamente na paróquia”, acrescentou o padre João Ribeiro.

Já o padre Francisco Costa Alves, que foi ordenado com João Ribeiro, e mais cinco padres e dois diáconos, no dia 29 de junho, na igreja de São Vicente Fora (Lisboa), explica que foi sobretudo no grupo dos acólitos, em São João de Deus, que “começou a surgir a semente vocacional, a inquietação”, porque gostava muito de acolitar e de liturgia, e foi aí que “Deus começou a tocar e a fazer pensar nisto da vocação”.

Aos 11 anos de idade, Francisco Costa Alves entrou para o pré-seminário, continuou “a viver em casa”, mas tinha encontro mensais, aos fins-de-semana, no Seminário de Penafirme, e, esse grupo, fez “crescer como pessoa e como cristão”, onde começou “a repetir” a pergunta: ‘Senhor, o que queres de mim?’.

“Mais do que eu querer ser padre, como miudinho, mudar a pergunta para a disponibilidade para aquilo que o Senhor quisesse”, acrescentou.

Para o padre João Ribeiro, essa interrogação ‘Senhor, o que é que queres de mim hoje?’, “nunca pode ter fim, nunca pode ser terminada”, e, neste percurso vocacional houve um tempo que esteve “um bocadinho mais afastado, à volta de um ano”, que foi “um ganho de maturidade, de fé”.

“Eu vejo como um tempo necessário, porque foi a passagem de uma participação paroquial quase por obrigação, para uma participação por vontade própria, por me sentir chamado a estar”, assinalou, referindo que volta, pelos 17 anos, “chamado por um amigo, que também tinha tido o seu tempo de afastamento, para um retiro, “que marcou muito pelo silêncio e pela intimidade com Jesus”.

Os dois novos sacerdotes do Patriarcado de Lisboa já celebraram a sua ‘Missa Nova’, e presidiram a outras celebrações, sobre a ordenação sacerdotal, presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, os padres João Ribeiro e Francisco Costa Alves destacam que “um dos gestos”, momentos, marcantes foi quando “todos os padres impõem as mãos aos ordinantes”, que acontece nas ordenações presbiterais.

“E, nesse momento, lembro-me de rezar esta maravilha que é poder ser recebido por muitos irmãos, muito diferentes, que uns conhecem-me melhor, outros pior, mas, mesmo assim, estão disponíveis para caminhar comigo e para me ajudar neste início de nova vida.” – Padre Francisco Costa Alves

“E isso para mim é fundamental, porque não estou sozinho, tenho gente com quem vou caminhar, que me vai ajudar, certamente, as dificuldades aparecerão, mas tenho gente já com experiência e com caminho que me pode também acompanhar; Isto para mim foi muito bonito, até foi o momento em que me emocionei ali um bocadinho, e de facto foi extraordinário”, explicou o padre João Ribeiro, no Programa ECCLESIA, desta sexta-feira, transmitido na RTP2.

Os dois sacerdotes também comentaram os textos bíblicos que vão ser escutados nas Eucaristias deste domingo, com o apontamento de ‘esperança’ do Ano Santo 2025, pelo padre João Lourenço (franciscano).

LS/CB/OC

Foto Agência ECCLESIA/PR

Antes da ordenação sacerdotal, a página do Patriarcado de Lisboa na internet apresentou a história de vida e de vocação dos novos padres da diocese.

Francisco Costa Alves (São João de Deus), Francisco Moutinho (Portela), Isaac Penha (Óbidos), João Ribeiro (Peniche) e Simão Cruz Ferreira (São Julião da Barra) foram alunos do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais.

Do Seminário ‘Redemptoris Mater’ Nossa Senhora de Fátima, em Caneças, foram ordenados Marcin Sek (Polónia) e Tiago Agostinho (Brandoa).

Lisboa: Patriarca pede padres livres de «preconceitos» e do carreirismo, prontos a servir a Igreja (c/ fotos)

Partilhar:
Scroll to Top