Centro Universitário Padre António Vieira organizou celebração para ir ao encontro das pessoas
Lisboa, 20 jul 2012 (Ecclesia) – A missa celebrada esta quinta-feira junto aos grandes veleiros que fazem escala em Lisboa até domingo pretendeu mostrar que a Igreja vai ao encontro das pessoas e está aberta a acolhê-las, salientam os organizadores.
“Há muita gente que, quer pela sua iniciativa quer pelas circunstâncias da vida, acaba por não entrar dentro da igreja, pelo que devemos ir ao seu encontro, mostrando-lhes que Deus também está nos veleiros”, explicou à ECCLESIA o padre Miguel Almeida.
“A uma iniciativa destas virá muita gente que anda pelas franjas da Igreja, mais afastada, e esta pode ser uma porta de entrada”, realçou o diretor do Centro Universitário Padre António Vieira (CUPAV), que propôs a celebração da missa à Aporvela, entidade responsável pela receção aos veleiros
O sacerdote jesuíta considera que o espaço celebrativo, “tão bonito, envolvente e estético”, pode proporcionar “a experiência de Deus”.
A presença dos veleiros, entre os quais os portugueses “Sagres”, “Creoula” e “Santa Maria Manuela”, evoca a barca, símbolo da Igreja, assim como os navegadores lusitanos “que levaram o Evangelho a outros mundos”, notou o padre Miguel Almeida.
Catarina Pereira Miguel, do CUPAV, sublinhou que “Deus está em todo o lado”, pelo que é preciso “celebrá-lo não apenas dentro de quatro paredes mas nos locais que às vezes são mais improváveis e onde se esquece que ele está presente”.
“O facto de estarmos no meio de um evento que não é estritamente da Igreja mas está ligado ao mundo, trazendo Deus até ele, já dá um testemunho muito grande”, acentuou por seu lado Andreia Carvalho.
Esta convicção é também partilhada por Paulo Cunha Matos: “A Igreja quer-se voltada para fora e aberta às pessoas”.
Para o padre Miguel Almeida, levar o que a Igreja tem “de mais sagrado” ao encontro das pessoas equivale a dizer-lhes “que podem tornar sagrada a sua vida a partir do momento em que vivam em comunhão com Deus”.
PTE/RJM