Contributos vão construindo a redação final que é aprovada hoje
Lisboa, 03 dez 2016 (Ecclesia) – Os 137 membros sinodais divididos em grupos tiveram como base os três capítulos Documento de Trabalho e apresentaram “várias propostas de alteração ao documento”, ao terceiro dia do Sínodo de Lisboa, esta sexta-feira, no Turcifal, em Torres Vedras.
“Os grupos apresentaram propostas de alteração, acrescentos ao texto, mas sempre tendo em vista o enriquecimento daquele que será o documento final do Sínodo Diocesano”, refere o secretário do Sínodo Diocesano sobre os grupos são “espaços de partilha, diálogo e aprofundamento de algumas temáticas”.
Os 137 membros sinodais, divididos por 12 salas, reuniram em grupos de trabalho constituídos por 11 ou 12 membros, entre clérigos e leigos, e enviaram as propostas para o secretariado onde “um grupo de quatro redatores” analisou e trabalhou esses contributos e “vão construindo a redação final”.
Em declarações publicadas pela página na internet do Patriarcado de Lisboa, o padre Rui Pedro Carvalho explicou que a redação final do documento que vai sair do sínodo “será submetida, hoje, a uma nova leitura e votação sobre cada ponto”.
O documento de trabalho está dividido em três capítulos e o sacerdote recorda que no primeiro – [Uma] mudança de época» (EG 52): escutar o mundo e olhar a Igreja – “convida a fazer um olhar de fé e esperança para a sociedade onde se insere a Igreja de Lisboa”.
“O texto conduz-nos para um olhar para a Igreja em vista à sua conversão pastoral e missionária”, acrescenta ainda sobre o primeiro capítulo.
O secretário do Sínodo Diocesano explica que na segunda parte – «Discernir […] com critérios Evangélicos sobre a própria existência e experiência» (EG 77): Critérios para a ação eclesial – encontra-se “numa primeira parte, princípios fundamentais para a ação eclesial e, numa segunda parte, oito critérios de discernimento e ação, tais como o critério familiar, o da unidade e o da autenticidade”.
‘Não deixar tudo na mesma» (EG 25): Para uma conversão pastoral e missionária’, é o terceiro e último capítulo do documento em análise que para o padre Rui Pedro desafia à procura de uma mudança “em várias dimensões da vida em Igreja”, desde a sacerdotal, a profética, “real e comunitária”.
Para o responsável o último ponto do terceiro capítulo “já aponta algumas opções concretas de evangelização” que “poderão guiar” o Patriarcado de Lisboa nos próximos tempos.
De recordar que os membros da Assembleia Sinodal estão reunidos desde quarta-feira e a segunda versão do Documento de Trabalho foi entregue, no domingo 27 de novembro, na Eucaristia de abertura da assembleia na Sé Patriarcal.
O secretário do Sínodo Diocesano destaca também que o ambiente no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal, “é muito bom”.
“Existe muito entusiasmo dos membros sinodais e os trabalhos de grupo têm sido muito participativos”, observou o secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa que se realiza em Torres Vedras.
O Sínodo Diocesano de Lisboa tem como tema ‘o sonho missionário de chegar a todos’ tendo como base a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’, do Papa Francisco e foi anunciado pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, em 2014.
Os jornalistas estão convocados para uma conferência de imprensa com D. Manuel Clemente, este domingo, às 14h30, no Centro Diocesano de Espiritualidade.
O encerramento solene da assembleia sinodal é celebrado na Solenidade da Imaculada Conceição, às 15h30, na igreja do Mosteiros dos Jerónimos, numa cerimónia com ordenações diaconais.
CB