Lisboa: Leão XIV associa-se à inauguração do Parque Papa Francisco e espera que «se perpetue o eco do seu veemente apelo à paz»

Encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica, monsenhor José António Teixeira Alves, leu a mensagem que recorda «os lindos momentos passados em Portugal»

Foto: Diogo Paiva Brandão/Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 25 jul 2025 (Ecclesia) – O Papa Leão XIV uniu-se esta quinta-feira à cerimónia de inauguração do Parque Papa Francisco, em Lisboa, através de uma mensagem, manifestando a vontade de que o apelo à paz do antecessor se eternize.

“O atual sucessor de Pedro formula votos de que, com o ato de vincular o espaço onde decorreu a última fase da Jornada Mundial da Juventude à figura inspiradora do Papa Francisco, se perpetue o eco do seu veemente apelo à paz, à convivência fraterna, à construção de pontes, ao diálogo entre gerações, ao cuidado da natureza, à oferta de uma sólida esperança para os nossos jovens e crianças”, refere o texto.

O encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica, monsenhor José António Teixeira Alves, foi o responsável por ler a mensagem, assinada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, numa cerimónia em que participaram também o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, e o cardeal D. Américo Aguiar.

O Papa Leão XIV agradeceu a quem teve “tão nobre iniciativa” de atribuir o nome do Papa Francisco ao Parque Tejo, que acolheu a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, associando-se ao momento e saudando todos os que nele participam.

O pontífice “revive com gratidão os lindos momentos passados em Portugal e recorda o rosto feliz do Papa Francisco no meio dos jovens de todas as partes do mundo, marcados pelas mais variadas culturas e unidos pela mesma alegria”.

O Papa Leão XIV recordou o momento da vigília durante a JMJ Lisboa 2023, a 5 de agosto, em que naquela zona ribeirinha, Francisco “desafiou os presentes a pensar em alguém que tivesse sido nas suas vidas um raio de luz”.

Foto: Câmara Municipal de Lisboa/Américo Simas

“Hoje, com a presente homenagem, evocar a pessoa luminosa de Francisco não faz olhar só para trás, mas convoca a promover a cultura da amizade social de abertura a todos, todos, todos, com uma particular preferência pelos pobres, tal como o ensina Jesus Cristo”, destacou.

No final da mensagem, confiante de que o testemunho do seu antecessor será guardado, o Papa Leão XIV, com sentimentos de viva comunhão, assegurou nas suas orações uma particular lembrança de D. Rui Valério e de todos os habitantes da zona metropolitana de Lisboa e, de bom grado, invocou “sobre as respetivas autoridades civis, eclesiásticas e militares copiosas bênçãos celestiais”.

A cerimónia ficou marcada pelo descerramento de uma placa evocativa da atribuição do topónimo “Parque Papa Francisco”, das intervenções de D. Rui Valério, que abençoou o espaço, e de Carlos Moedas, seguindo-se um momento musical protagonizado pelo padre Vítor Silva.

LJ/PR

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