Neurologista Alexandre Castro Caldas convidou universitários a usarem a IA como um instrumento de auxílio para o estudo e investigação, com a consciência de que é bela, mas não sublime
Lisboa, 28 out 2025 (Ecclesia) – O Colégio Universitário Pio XII, em Lisboa, assinalou, este sábado, a inauguração do ano académico com a Festa da Família, que ficou marcada por uma sessão solene sobre “Inteligência Vital-Inteligência Artificial” (IA).
“A IA não deve servir para fingir que é pessoa, mas sim para resolver os problemas das pessoas”, afirmou o médico neurologista Alexandre Castro Caldas, que apresentou o tema, informa o Colégio Pio XII.
Na sua intervenção, o orador referiu que prefere a expressão “auxiliar da mente” a IA, uma vez que a “inteligência é coisa de um ser vivo, que nasce, morre e se transforma em outra forma de vida”.
O professor abordou ainda em que medida a Inteligência Artificial pode realmente aproximar-se da inteligência humana e do ser humano em geral, mas nunca substituí-lo no que tem de intuição e afeto.
Alexandre Castro Caldas considera a IA bela na sua coerência interna, no entanto sublinhou que não é sublime, argumentado que, tal como é possível copiar a beleza de uma flor fazendo belas flores de plástico, estas nunca serão sublimes como uma flor verdadeira.
Segundo o médico neurologista, a “inteligência” das máquinas é uma pálida imitação do que é próprio da vida.
Alexandre Castro Caldas convidou os estudantes universitários a usarem a IA como um instrumento de auxílio para o estudo e investigação, sempre conscientes que a inteligência artificial é bela, mas não sublime.
O programa do dia incluiu ainda a celebração da Eucaristia na Igreja do Colégio e um almoço-convívio.
O Colégio Universitário Pio XII é uma instituição fundada em 1957 e que se destina ao acolhimento e apoio a estudantes universitários em Lisboa; pertence aos Missionários Claretianos, fundados por Santo António Maria Claret, cuja memória litúrgica decorre a 24 de outubro.
LJ