Profissionais debatem «Inovação e Desenvolvimento» em cada setor
Lisboa, 25 mai 2017 (Ecclesia) – A Clínica São João de Ávila, do Instituto São João de Deus, está a promover até sexta-feira um congresso dedicado à ‘Inovação e Desenvolvimento’ nos Cuidados Continuados e Paliativos, com responsáveis nacionais dos setores.
O coordenador da Comissão de Coordenação para a Reforma da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados disse hoje à Agência ECCLESIA que existem “dois grandes grupos” para a reorganização necessária a começar pela “diversificação de respostas”.
“Temos algumas áreas em que precisamos ter uma reposta diversificada e isso foi criado, neste momento, nomeadamente, no que diz respeito a cuidados continuados integrados e saúde mental e cuidados pediátricos integrados”, afirmou Manuel Lopes.
A “ampliação” é, segundo o responsável, outra reforma necessária na rede de Cuidados Continuados, onde estão “claramente a ampliar o número quer de camas, quer de lugares”. e, ainda, o próprio “modelo” dos cuidados.
“Temos feito uma aposta muito grande na domiciliação dos cuidados. Um primeiro momento da rede foi o internamento, agora é a domiciliação. Ao mesmo tempo apostar, cada vez mais, na qualidade e desenvolver um modelo de intervenção focado não nas doenças das pessoas”, prosseguiu.
Para o coordenador da Comissão de Coordenação para a Reforma da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, o congresso é importante porque permite o encontro dos profissionais e “discutir estratégias novas”, como na área das tecnologias da informação e comunicação.
Susana Pereira, diretora de enfermagem na Clínica São João de Ávila, explicou à Agência ECCLESIA que as unidades de cuidados continuados se revelam “importantes para a recuperação dos utentes nas capacidades perdidas” – em casos, por exemplo, de AVC, fraturas – e “para as famílias”.
“Ao longo dos últimos 10 anos foi criada a oportunidade de haver um momento intermédio de preparação e regressos ao domicilio. As respostas nunca vão ser totais, penso que tem sido feito bom caminho”, acrescentou.
Susana Pereira afirma que agora os profissionais estão numa “fase de maturação” e começam “a ter dúvidas”, com “necessidade de investigar e criar novas soluções”.
O congresso é dinamizado pela Clínica São João de Ávila e o seu diretor explica que o encontro é “fundamental esta discussão de novos projetos de investigação, novas praticas que capacitam as equipas multidisciplinares para melhor cuidar”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Nuno Lopes explica, por exemplo, que existem mestrados e doutoramentos nas duas áreas, “novas praticas e formas de medir os resultados” que pretendem divulgar no congresso.
Segundo o diretor da Clínica São João de Ávila, no encontro de técnicos de várias unidades “potencia-se o networking” e criam-se competências nas equipas para as novas técnicas e intervenções nos cuidados continuados e nos paliativos.
Esta sexta-feira, o congresso centra-se debate a inovação e desenvolvimento nos Cuidados Paliativos; no programa destaca-se a intervenção de Edna Gonçalves, a responsável nacional do setor, a partir das 17h30.
CB/OC