Lisboa: Igrejas da procissão de Santo António são «reveladas» em percurso pedonal

Iniciativa do Museu de Santo António de Lisboa acontece em junho e agosto

Foto: Agência ECCLESIA/SN

Lisboa, 11 jun 2022 (Ecclesia) – Paulo Cuiça, mediador cultural do Museu de Santo António de Lisboa, disse à Agência ECCLESIA que a rota das Igrejas da da procissão de Santo António quer “mostrar os sítios da procissão” e a devoção popular ao santo lisboeta.

“A ideia é mostrar os sítios da procissão, da nova procissão que faz este percurso desde os anos 80, originalmente não era este o percurso; segue as igrejas de Alfama”, explica Paulo Cuiça no início do percurso a percorrer.

A iniciativa do Museu de Santo António de Lisboa acontece em junho e agosto e dá a conhecer alguns apontamentos históricos e culturais dos locais por onde passa a procissão que acontece a cada ano no dia 13 de junho.

“A procissão sai da Igreja de Santo António, vai a Sé, passa em São João da Praça, São Miguel, Igreja São Tiago, de Santo Estêvão e São Vicente, e os santos de cada igreja vão entrando na procissão”, refere.

Paulo Cuiça fala da importância da Sé de Lisboa, onde “integra a procissão o bispo de Lisboa, o Núncio Apostólico e as entidades da cidade” mas também onde a procissão termina com a “bênção à cidade”.

Outra das particularidades que o entrevistado refere é a passagem da procissão no “meio dos arraiais” em Alfama, no meio do ambiente próprio da festa popular, “onde toda a gente sai à rua para ver a procissão” e se sente um “grande respeito”.

A Igreja Católica celebra a 13 de junho a festa litúrgica de Santo António, que nasceu em Lisboa no final do século XII e se tornou uma figura global da Igreja Católica.

Ainda em Portugal, Fernando, que viria a assumir o nome de António, foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores [Franciscanos], com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África.

O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de Teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.

O Papa Gregório IX canonizou-o apenas um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.

Pio XII, em 1946, proclamou Santo António como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de “Doutor evangélico”.

A festa de Santo António, com as suas várias dimensões, está em destaque na próxima emissão do Programa ’70×7′, este domingo, na RTP 2, pelas 17h30.

SN

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Agência ECCLESIA

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