«Sintamo-nos capazes de nos envolvermos nesta pertença à Igreja de Cristo, que continuamente vem ao nosso encontro» – D. Rui Valério
Lisboa, 27 jun 2024 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa publicou o seu programa pastoral 2024-2026, com o lema ‘Caminhemos na Esperança’, convidando as comunidades católicas a ser “uma Igreja em saída que, para anunciar o Evangelho, caminha em conjunto”.
“Um programa pastoral não pode ser outra coisa, senão a permanente disposição para revelar ao mundo o que somos, o que pensamos, o que queremos e o como nos propomos caminhar, principalmente, acolhendo no hoje da vida do Povo de Deus, que se quer comunitária, esta presença transformadora”, escreve o patriarca de Lisboa, na mensagem para o próximo ano pastoral.
D. Rui Valério salienta que o Programa Pastoral 2024-2026 há de tornar-se “meio e instrumento para realizar mais e melhor a presença de Jesus na comunidade dos cristãos” do Patriarcado de Lisboa, afirma que com Cristo, missionários do Evangelho, em Igreja sinodal, são “peregrinos de esperança”, e convida a viverem “na alegria, na beleza, o grande Jubileu de 2025”.
“A Páscoa coroou o chamamento de todos à salvação, explicitando que ninguém pode ser excluído de aceder ao inovador anúncio. Assim, o nosso Programa Pastoral só poderia situar-se no contexto da universalidade (catolicidade), a qual se realiza preponderantemente na efetividade missionária”, explica D. Rui Valério.
Neste contexto, o patriarca de Lisboa sublinha três dimensões: “Todos são chamados a escutar a Palavra da vida nova de Cristo ressuscitado”; “todos são chamados a participar, a protagonizar uma parábola de transformação, de mudança de vida”, e realça que “nem a erudição nem a ciência, por si só, farão com que a ação missionária da Igreja de Lisboa fecunde vidas novas, completamente cristoformes”.
Na terceira dimensão, a “realmente abrangente da missão”, – ‘todos recebem o explícito envio missionário, para levar a boa nova a toda a terra’ – D. Rui Valério destaca que se funda “a sinodalidade” porque “todos estão envolvidos na transmissão do anúncio”.
A conversão missionária gera e tem de gerar uma perspetiva antropológica, que se torna cultura e alimento social.”
O Patriarcado de Lisboa informa que o horizonte do Programa Pastoral 2024-2026 “é enquadrado por alguns marcos relevantes” que estarão presentes na vida da diocese, como a ‘Constituição Sinodal de Lisboa’ – “é tempo e ocasião de refletir sobre o caminho percorrido, o que aconteceu e o que está ainda por cumprir” – e o Sínodo dos Bispos, sobre a sinodalidade (2021-24), que está a decorrer.
Da JMJ Lisboa 2023, que aparece em terceiro lugar, “ressoam ainda bem alto na Igreja de Lisboa os ecos” e têm o desafio de criar espaço e condições para que “a esperança e entusiasmo que se abriram não se esgotem em memórias ou ocasiões comemorativas”; neste âmbito, o Fórum ‘Geração Rise Up!’ (8 a 10 de dezembro 2023).
O quarto e último “marco relevante” é a celebração do próximo Ano Santo, convocado pelo Papa Francisco, o ‘Jubileu 2025’, que vai cruzar os dois anos pastorais deste programa 2024/2026.
“Num tempo em que, a nível global, os conflitos armados, as perturbações na economia, o discurso e a vida social cada vez mais centradas no imediatismo e na captação de adesão fácil, vão sendo razões de preocupação, de desânimo e até de alguma revolta, o Mundo necessita de razões de Esperança”, contextualiza o Patriarcado de Lisboa.
A prioridade para os próximos dois anos é a ‘Conversão Missionária da Pastoral’, a ação pastoral vai concretizar-se em cinco gestos, “atitudes de ser (em) Igreja” – ‘acolher, escutar, sair, propor, comunicar’ – e as quatro linhas orientadoras têm cinco objetivo cada.
O Patriarcado de Lisboa publicou, na sua página na internet, o programa pastoral 2024-2026 e o calendário diocesano 2024-2025, e, brevemente, a edição em papel está na Livraria Nova Terra.
Das várias datas relevantes que divulgaram para 2024 destaca-se a celebração evocativa da JMJ Lisboa 2023, nos dias 19 e 20 outubro; a passagem dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora – de Lisboa para a a Seul (Correia do Sul), a 24 de novembro, em Roma; e, no dia 29 de dezembro, a abertura do Ano Jubilar na Sé.
CB/OC