Lisboa: Igreja acredita que não vai haver manifestações hostis ao Papa durante missa

Exteriorização de antagonismo seria uma «afronta grave» para os católicos

O Patriarcado de Lisboa está convencido de que não vai haver manifestações contra Bento XVI durante a sua passagem pela cidade, e em particular durante a missa que se celebra a 11 de Maio, no Terreiro do Paço.

“Não passa pela cabeça que alguém tenha alguma manifestação de repúdio ou de menos atenção à presença do Papa. Se alguém deseja expressar opiniões divergentes, tem toda a liberdade de o fazer noutros momentos”, frisou à Agência ECCLESIA o Pe. Mário Rui Pedras, que integra a equipa responsável pela preparação da celebração.

“Seria uma falta de sentido de acolhimento nesta que é a nossa pátria, a Terra de Santa Maria, onde sempre tivemos a alegria de receber bem”, acrescenta o sacerdote, recordando que o Estado exige que as manifestações sejam previamente anunciadas.

“A mobilização em torno deste acontecimento é tão expressiva, que estou absolutamente em crer que qualquer forma menos simpática de poder manifestar alguma atitude de desrespeito pela figura do Santo Padre entre nós parece-me que não se realizará”, vaticina o responsável.

As eventuais atitudes de antagonismo durante a eucaristia “seriam uma demonstração de intolerância tão grande e de falta de respeito tão profundo, que para nós, católicos, converter-se-iam numa afronta grave”, salienta o Pe. Mário Rui, que apela ao “bom senso” de todos “os que eventualmente pretendam fazer qualquer tipo de manifestação”.

Para o responsável, a possível exteriorização da adversidade face a Bento XVI “magoaria o coração de muitos que estão no Terreiro do Paço para acolherem o Santo Padre”, mas se ela viesse a acontecer, os “católicos saberiam perceber a diferença entre o gesto, que pode ser inadequado e incorrecto, e os sentimentos da maior parte dos portugueses”.

O Pe. Mário Rui admite que “há circunstâncias concretas que levantaram alguma nuvem sobre a vinda do Santo Padre”, mas “não tanto no coração dos católicos, que recebem o Papa como sucessor de Pedro” e que nele encontram “um tesouro absolutamente precioso”.

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Agência ECCLESIA

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