Relatório «Perseguidos e Esquecidos» pretende colocar este problema na ordem do dia
Lisboa, 13 out 2015 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) vai apresentar hoje os números mais recentes relacionados com a perseguição aos cristãos, em Lisboa.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o organismo católico adianta que o estudo vai incidir na “situação concreta em 22 países onde se verifica uma maior violação à liberdade religiosa” e abranger o período “entre 2013 e 2015”.
Uma das conclusões já divulgadas é que “o Cristianismo continua a ser a religião mais perseguida no mundo, sublinhando-se o impacto crescente de extremismo em África e na Ásia”.
A AIS frisa ainda que a publicação do relatório, marcada para as 18h00, na Sociedade de Geografia, em Lisboa, “ocorre numa altura em que aumenta a preocupação pelo futuro do Cristianismo em algumas partes do Médio Oriente, onde nos últimos anos ocorreram inúmeros casos extremos de violência contra as minorias religiosas”.
O trabalho procura colocar este problema na ordem do dia, numa altura em que ele parece estar desaparecido da agenda política e social da comunidade internacional, daí que tenha sido batizado com o nome “Perseguidos e Esquecidos”.
No decurso da recolha de dados, para a compilação deste relatório, a AIS “entrevistou sacerdotes, bispos, religiosas e leigos, compilou testemunhos de pessoas que vivenciaram casos de violência e consultou notícias publicadas pelos Meios de Comunicação Social locais”.
Os resultados “foram ainda comparados posteriormente com informações recolhidas junto de Organizações Não-Governamentais que atuam nesses países”, pode ler-se.
Além do lançamento do referido relatório, a Fundação AIS vai estar envolvida, nos próximos dias, num conjunto de atividades relacionadas com a questão da liberdade religiosa.
Iniciativas que contarão com a participação de algumas figuras da Igreja Católica em países onde a perseguição religiosa é mais acentuada e que irão explicar, de viva voz, o drama por que têm passado tantos cristãos.
Segundo a AIS, já confirmaram a sua presença em Portugal D. George Jonathan Dodo, bispo de Zaria, na Nigéria; o padre Aurèlio Gazzera, Carmelita Descalço na República Centro-Africana; a irmã Annie Demerjian, da Congregação das Irmãs de Jesus e Maria, em Aleppo, na Síria; e o padre Andrzej Halemba, director de Projectos da AIS Internacional para o Médio Oriente.
O sacerdote vai fazer uma apreciação global do que se passa nestes países e do esforço desenvolvido pela Fundação AIS no apoio concreto às comunidades cristãs perseguidas.
JCP