Lisboa: Fé tem de promover «transformação da cultura»

D. Nuno Brás destaca importância de comunicar aquilo em que se acredita

Alfragide, Lisboa, 13 dez 2012 (Ecclesia) – O bispo auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás afirmou hoje que a fé católica implica uma “transformação da cultura” e a comunicação daquilo em que se acredita.

“Só uma fé que se mostra e expressa em dimensões culturais é verdadeiramente para todos”, passando a ser “algo a que todos têm direito”, referiu o prelado numa conferência intitulada ‘Fé e Comunicação’, durante o encontro de Natal dos serviços da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorreu no Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, arredores de Lisboa.

Segundo o vogal das Comissões Episcopais que acompanham as áreas da Cultura e da Educação, “nada daquilo que é humano fica entre parênteses na resposta da fé”.

Essa mesma fé, precisou, tem de ser comunicada através da totalidade da existência, a partir do “testemunho do crente”.

“A fé comunica-se, em primeiro lugar, numa existência crente”, observou D. Nuno Brás.

Segundo o professor de Teologia na Universidade Católica Portuguesa, os católicos devem, à imagem de Jesus, “arriscar a possibilidade de não convencer” para falar num Deus que se mostra, que “vem ao encontro do homem”.

O bispo auxiliar de Lisboa evocou os “novos horizontes” que são abertos pela fé, apesar da “muita fragilidade humana” que existe na Igreja.

“Est é a grandeza do cristianismo, da fé: está muito para além das nossas capacidades, porque é Deus a responder em nós”, declarou.

A conferência teve como pano de fundo duas passagens da constituição Dei Verbum, do Concílio Vaticano II (1962-1965), nas quais se fala da revelação de Deus e na “adesão da fé”.

“Na riqueza do seu amor, Deus fala aos homens como amigos”, frisou D. Nuno Brás.

OC

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