Patriarca presidiu ao encerramento do Ano Vicentino
Lisboa, 15 set 2024 (Ecclesia) – O Patriarca de Lisboa presidiu hoje à celebração de encerramento do Ano Vicentino, comemorativo dos 850 anos da chegada das relíquias de São Vicente à cidade, assumindo que há “tanto ainda a fazer”, ao serviço dos mais frágeis.
“É preciso devolver esperança aos jovens; socorrer todos os homens e mulheres que se encontram em situação de fragilidade e emergência social; ser e fazer a diferença numa sociedade que precisa de sinais fortes que mostram o rumo para um humanismo justo e gerador de justiça e caridade”, disse D. Rui Valério, na homilia da Missa a que presidiu na Catedral.
O responsável católico destacou a “atualidade” da figura de São Vicente, diácono e mártir, considerando que o mesmo inspirou em Lisboa “um perfil prático de viver a fé e um modo historicamente relevante de testemunhar o Evangelho”.
“Para Lisboa, São Vicente não é só um excelso e digno paradigma, ele é sobretudo um dos fundadores do nosso perfil de ser cristão e do modo de vida na caridade desta Igreja: prático, concreto, comprometido com a opção preferencial pelos pobres, existencialmente a servir e comunitário”, sustentou.
O Patriarcado viveu um ano jubilar vicentino, de 15 de setembro de 2023 a 16 de setembro de 2024, por ocasião dos 850 anos (1173-2023) da chegada a Lisboa das relíquias do diácono e mártir São Vicente.
“Ao longo deste ano, não faltaram ações, gestos, obras, bem como momentos de interpelação, de conhecimento, de empreendedorismo espiritual e cultural, de ação de graças, derivados diretamente da celebração do jubileu vicentino”, assinalou D. Rui Valério.
Podemos dizer que o que se viveu ao longo deste ano veio confirmar que a única força capaz de esculpir um novo rosto de ser humano e de plasmar um novo mundo são as obras assentes na fé, ou melhor, são as obras que encarnam, traduzem e realizam a fé de um povo e de uma comunidade”.
O patriarca de Lisboa referiu-se ainda ao exemplo de “serviço à escuta da Palavra” de São Vicente, como “um serviço à fé e à esperança”.
O corpo do mártir chegou a Lisboa no dia 15 de setembro de 1173 e foi depositado em Santa Justa.
“A nossa celebração dos 850 anos da chegada das relíquias de São Vicente a Lisboa, não foi somente memória e saudade, mas assumiu contornos de profecia e esperança”, indicou D. Rui Valério.
São Vicente, diácono em Saragoça (Espanha), foi morto no início do século IV, durante as perseguições do imperador romano Diocleciano contra os cristãos da Península Ibérica.
OC