Lisboa: «Deus é essencial para a vida», diz D. Rui Valério a 3000 escuteiros do Acampamento Regional

Patriarca presidiu à Missa de abertura do 26º ACAREG, que decorre até 9 de agosto, em Ferreira do Zêzere

Lisboa, 05 ago 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu no final da tarde de sábado à Missa de Abertura do 26º Acampamento Regional de Lisboa do Corpo Nacional de Escutas (ACAREG), em Ferreira do Zêzere, e afirmou que Deus “é essencial para a vida”.

“Seja há mil anos, seja há dois mil, seja há três mil, seja há cinco mil, houve Alguém que esteve sempre presente na vida das pessoas. E sem esse Alguém também não havia vida. Estou a falar de quem? De Deus! Também Deus, aliás, sobretudo Deus, Jesus, é essencial para a vida”, referiu D. Rui Valério, informa o Patriarcado de Lisboa.

Na homilia, o patriarca de Lisboa destacava a “mensagem essencial” que Cristo quer deixar a cada escuteiro, naquele dia, referindo que Jesus quer que cada um, “hoje e muito provavelmente ao longo de toda esta semana, vá tomando consciência, vá desenvolvendo a resposta à pergunta: ‘Mas o que é que é essencial para viver?’”.

“Essencial é aquilo que nós, para viver, não podemos prescindir, é aquilo que nós obrigatoriamente temos que ter”, sublinhou, perante 3000 escuteiros, segundo a Região de Lisboa do Corpo Nacional de Escutas.

D. Rui Valério pediu a colaboração de diversos lobitos que subiram ao altar palco do Centro de Atividades de Escutistas de Ferreira do Zêzere, questionando-os: “‘Jesus, na vossa vida, é ou não é essencial?”.

De seguida, apresentou as “cinco ações” ou “cinco atitudes” que “é necessário fazer para O encontrar”.

De acordo como patriarca, a primeira ação “é ir à procura”: “Tu tens que ir à procura de Jesus”.

“Seja aqui, no campo, seja nas vossas casas, seja na escola, seja na catequese, seja no autocarro, seja no campo da bola, nós vamos à procura de Jesus porque sabemos que Ele é que nos está a procurar e sempre. Então, está atento à pessoa ou às pessoas que estão ali, à tua volta, porque Jesus aproxima-se de nós através deles, através daquelas pessoas que nos rodeiam Jesus pode mostrar-se, pode-nos dizer o que quer”, destacou.

“As pessoas que foram à procura d’Ele e O encontraram começaram a falar, a dialogar com Jesus”, apontou D. Rui Valério como segunda atitude.

O patriarca assinalou que “rezar” é também uma forma de dialogar com Jesus, indicando que a terceira ação é “o Credo”.

“Nós acreditamos n’Ele. Nós acreditamos, abrimo-nos a Ele, dizemos ‘Eu confio em Ti, Senhor, eu confio em Ti, eu confio toda a minha vida, eu acredito, na tua Palavra, acredito no teu amor’”, mencionou.

Nomeando a quarta ação, que identificou como “indispensável”, D. Rui Valério salientou que Jesus não fica “com as mãos debaixo do braço”, mas tem sempre algo para dar.

“Viver cada dia disposto a acolher aquilo que Jesus me quer dar significa que tudo aquilo que acontece, tudo aquilo que nos rodeia, todas as pessoas, são dom de Deus. Não há nada que não seja dom de Deus. Nada sucede na nossa vida que não seja dom de Deus”, garantiu.

Por fim, a quinta ação trata-se de “seguir Jesus”, “pôr-se atrás de Jesus”, “seguir os seus passos” e “querer fazer o mesmo caminho que Ele faz”, “querer ir para onde Ele vai, porque Jesus é o pão da vida”.

“Vamos lá recapitular: para encontrar o pão da vida é preciso procurar Jesus; para O encontrar é preciso dialogar com Ele na oração; é preciso acreditar, dizer ‘Sim, Senhor, eu creio’; é preciso acolher, receber; e por fim é preciso seguir Jesus!”, recordou D. Rui Valério, referindo que na sexta-feira, no último dia de ACAREG, regressará para colocar novamente a questão: “Quais são as cinco ações indispensáveis para encontrar o pão da vida?”.

Na cerimónia de abertura do 26º ACAREG, o patriarca de Lisboa enfatizou também a importância da paz.

Só havendo paz, podem existir montanhas. Só a paz nos proporciona o belo e o silencioso deserto. Só a paz nos estimula a irmos à floresta. Só a paz nos conduz aos rios de água límpida e transparente. A paz é o fundamento e é a razão para que tudo exista como existe. É por isso que Jesus, quando ressuscitou, as primeiras palavras que disse foram: «A Paz esteja convosco». Porque Ele é o Senhor da Paz”, realçou.

No início da celebração eucarística, o patriarca evidenciou que o Acampamento Regional de Lisboa “representa o momento alto” da “vida escutista”, mas também da “vida de fé”.

“Estamos aqui, mergulhados na natureza tão bela, e percebemos que estas árvores, este vento, esta luz, este sol, este clima é um dom de Deus. Nós não o fabricámos, nós não o construímos, encontrámo-lo, foi-nos oferecido. Assim como quem está ao nosso lado e quem está atrás de nós e à nossa frente. Somos, uns para os outros, verdadeiros dom de Deus”, refletiu.

O XXVI Acampamento Regional (ACAREG) de Lisboa, que tem como tema “Inspira, Edifica e Celebra a Paz”, vai decorrer até 9 de agosto, sexta-feira.

LJ

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Agência ECCLESIA

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