Patriarca presidiu ao encontro do Jubileu da Caridade, que reuniu cerca de 1200 utentes de 44 instituições sociais da diocese, no âmbito do Ano Santo 2025

Lisboa, 11 jun 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou, na passada sexta-feira, que a caridade é o que “de mais belo e o que de mais bonito e melhor existe à face da Terra”.
D. Rui Valério presidia à Eucaristia, no espaço exterior do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal, no Bombarral, no âmbito do Jubileu da Caridade, uma das iniciativas a propósito do Ano Santo 2025, que reuniu cerca de 1200 utentes de 44 instituições sociais da diocese, informa o patriarcado de Lisboa.
Para o responsável católico, “a caridade é sinal de amor de serviço, de proximidade, de ajuda”.
“Para viver, precisamos de pão, de água e de amor. Ora, hoje, neste dia em que celebramos o dia jubilar da caridade, estas são as dádivas que as nossas instituições, os nossos voluntários, os nossos profissionais oferecem”, indicou.
D. Rui Valério enfatizou que “quem se aproxima da caridade da Igreja, além de receber o pão, a roupa, os medicamentos, os legumes, a manteiga”, recebe sobretudo “amor”.
Não basta responder às necessidades do corpo ou físicas. As pessoas precisam muito mais do que isso. Precisam do amor”, frisou.
Na celebração, em que participaram cerca de duas dezenas de sacerdotes e alguns diáconos permanentes, o bispo convidou os mais novos a “levar outras pessoas até Jesus”.
“Nós devemos dar Jesus a conhecer também a outras pessoas. Estão a compreender? Porque Jesus, como vocês sabem, é que é o nosso verdadeiro alimento”, realçou.
D. Rui Valério sublinhou que “amar Jesus significa dar Jesus a conhecer aos outros” e que é isso que a “caridade da Igreja faz incessantemente”.
A caridade é oferecer pão, é oferecer amor, mas fundamentalmente não se esqueçam de que o maior gesto de caridade que nós podemos praticar nesta vida é oferecer Cristo aos outros. É mais importante, acreditem-me. Eu diria que mais importante do que o pão, do que o alimento, do que a roupa, é dar Cristo”, assinalou.
Na homilia, o patriarca de Lisboa destacou que “cada gesto de caridade é uma forma de céu”, acrescentando que na vocação caridosa do serviço da Igreja esta ação não é apenas feita em nome de um mundo melhor.
“Sim, um mundo melhor, mas um mundo melhor porque um mundo cada vez mais é uma imagem e semelhança do Céu, dessa eternidade de Deus”, indicou.
D. Rui Valério disse aos presentes que ao levarem a cabo a missão de caridade, estão a “realizar a eternidade”, “a realizar o Céu aqui na Terra”.
“É por isso então que é um dia de parabéns, de felicitações, é um dia muito belo. É um dia que nos enche de orgulho. E por tudo isto, é um dia de esperança. Sempre peregrinos de esperança, porque sempre da caridade”, concluiu D. Rui Valério.

Promovido pelo Departamento da Pastoral Sócio-caritativa, o encontro do Jubileu das Caridade iniciou-se, pelas 10h, com a concentração junto à Ermida de Nossa Senhora do Socorro, sendo meia hora mais tarde foi iniciada a caminhada, rumo ao santuário, que foi acompanhada pelas quatro Cruzes da Caridade que têm percorrido, neste ano jubilar, as instituições sociais da diocese.
Entre os momentos da iniciativa esteve a plantação de 20 árvores no futuro Jardim da Caridade, no exterior do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal, simbolizando um gesto de cuidado pela casa comum.
Segundo informa o patriarcado de Lisboa, foram chamadas 20 instituições, que se fizeram representar pelos seus utentes, para plantarem uma árvore, a quem foram entregues 20 fitas verdes, com o respetivo nome, que prenderam em cada plantação.
Após terem sido plantadas as 20 árvores, D. Rui Valério descerrou uma placa que assinala este momento particular do Jubileu da Caridade.



LJ/OC