D. Manuel Clemente presidiu à procissão do Corpo de Deus nas ruas da Baixa
Lisboa, 08 jun 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa explicou a importância “prática e propósito” da comunhão Eucarística para os laços comunitários e saudou os cristãos que hoje são “Cristo continuado” nas diversas realidades da vida na sociedade hoje.
“Quero saudar-vos, a vós, Corpo de Cristo, presente aqui nesta cidade de Lisboa, que sois os cristãos e as cristãs que vos tornais no dia-a-dia das famílias, das empresas, das escolas e também muitos outros lugares, dos hospitais às prisões, às ruas, aos becos, onde for. Sois Cristo continuado, sois eucaristia viva para a vida do mundo”, disse D. Manuel Clemente no final da procissão do Corpo de Deus no adro da Sé Patriarcal.
Neste contexto, o cardeal-patriarca já tinha explicado na homilia da Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo que Jesus deu “três ordens” no Evangelho: “Que comamos daquele ‘pão’, que é o seu corpo, e bebamos do seu cálice de aliança; que lhe preparemos o lugar, onde a ceia continue, como foi então, e sempre se prolongue.”
“E que isto mesmo se expanda, pois visa a inteira ‘multidão dos homens’”, acrescentou sobre a solenidade que continua a ser “importante e oportuna” não apenas como lembrança do que fez mas na “substância do que faz e perfaz” em cada um que o aceite.
O cardeal-patriarca de Lisboa alertou para a importância da comunhão eucarística e destacou que só “muito responsavelmente” cada um se deve “abeirar” consciente de tudo quanto implica, “de prática e propósito”.
“Especialmente no que se refere aos laços comunitários, pois quem comunga a Cristo, comunga também com os outros, que são igualmente seu ‘corpo’, desenvolveu citando a advertência de São Paulo aos coríntios, para que cada um faça o seu exame pessoal.
Desta forma, observou que se “corpo” significa a expressão e comunicação da pessoa todos devem ser a “própria manifestação” de Cristo, da Eucaristia para o mundo e a “expansão” da sua entrega pela Igreja e por todos porque continua a contar que se prepare “a grande sala do mundo para a Eucaristia que urge”.
“Em cada família, em cada escola, empresa, hospital ou prisão; em cada país e entre quem não o tenha, num mundo tão dilacerado por exclusões e conflitos. Em qualquer lugar e circunstância, Cristo conta irrecusavelmente com todos e cada um de nós, para realizar a comunhão perfeita”, desenvolveu D. Manuel Clemente que destacou que a procissão do Corpo de Deus “não se limitará a duas”.
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, vulgarmente conhecida por Corpo de Deus, celebra-se, normalmente, 60 dias depois da Páscoa, na quinta-feira a seguir ao primeiro domingo depois do Pentecostes.
A celebração que se assinalava na quinta-feira depois depois do Domingo da Santíssima Trindade, como Dia Santo do Senhor, passou para a ser celebrada no domingo seguinte, este ano a 7 de junho, depois de estabelecido entre o Governo português e a Santa Sé que o feriado em dia de semana seria suprimido temporariamente, por cinco anos, ou seja até 2017.
CB