Obra sobre os 25 anos da instituição é assinada pela jornalista Marta Atalaya e tem prefácio de D. Manuel Clemente
Lisboa, 17 out 2014 (Ecclesia) – A Comunidade Vida e Paz (CVP) vai lançar hoje em Lisboa o livro “Do outro lado da rua”, uma obra dedicada aos 25 anos de atividade da instituição solidária junto dos sem-abrigo e das populações mais carenciadas da cidade.
Com o subtítulo “25 anos, 25 vidas”, a publicação tem como autora a jornalista Marta Atalaya que no âmbito do aniversário da CPV entrevistou 25 pessoas cujas vidas foram marcadas pelo apoio que receberam desta organização ligada ao Patriarcado de Lisboa.
O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que assina o prefácio do livro, realça que a obra “tem em cada página a carne e a alma de gente concretíssima e o local definido das vidas vividas, sofridas e retomadas”.
Sobre a CVP, salienta que numa altura em que Portugal necessita de se “reconstruir como comunidade”, esta organização “mostra como tal pode e deve acontecer”.
“Fazendo-nos pobres com os pobres, porque essa é a cidadania do reino dos céus”, complementa.
A apresentação do livro “Do outro lado da rua”, que tem a chancela da Paulus Editora, está marcada para as 18h30 na Biblioteca do Palácio Foz, situada na Praça dos Restauradores.
O evento pretende marcar também hoje o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e vai estar a cargo de Ricardo Araújo Pereira.
Fundada em 1989 e tutelada pelo Patriarcado de Lisboa, a Comunidade Vida e Paz intervém atualmente, todas as noites, junto de mais de 500 pessoas sem-abrigo e em situação de exclusão social.
Tem ainda à disposição de quem mais precisa cerca de 200 camas, quer em centros de internamento ou comunidades terapêuticas de inserção, quer em apartamentos, para pessoas já na fase final de reinserção.
Em junho deste ano, o presidente da República Portuguesa condecorou a CVP com o título de membro honorário da Ordem da Liberdade.
Uma distinção que se destina a enaltecer “serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e à causa da liberdade”.
JCP