D. Manuel Clemente explicou que a nova igreja, um «sonho» com 36 anos, «ultrapassa a sua materialidade»
Lisboa, 18 out 2019 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse aos cristãos de São Brás para “formarem o templo de Deus no mundo”, na celebração da dedicação da nova igreja paroquial da comunidade na Vigararia da Amadora.
“Agora, com este templo, São Brás vai ter a oportunidade de ter um lugar condigno para louvar a Deus e para crescer na fé e na caridade”, afirmou na homilia da “celebração única”.
Na informação publicada no sítio online do Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente explicou que o templo “ultrapassa a sua materialidade” e perguntou “qual o significado” da sua dedicação, que presidiu no domingo.
“É o significado que Jesus lhe dá! Daqui a pouco, quando dedicar o altar, ouviremos que este altar é mais do que a pedra que estamos a ver. Acaba por ser um sinal – e um sinal cheio – do próprio Jesus que resume, em si próprio, o sacerdócio, o altar e a oferta”, desenvolveu.
O cardeal-patriarca de Lisboa contextualizou que os sacerdotes “ofereciam coisas a Deus para conseguirem uma reconciliação” mas Jesus Cristo “ensina que a única coisa que Deus quer é” cada um.
“Aquilo que um pai quer é o nosso coração! E Jesus Cristo leva a religião a esse ponto último e completo”, realçou D. Manuel Clemente, destacando que todos os cristãos são chamados a serem “pedras vivas” e “formarem o templo de Deus no mundo”.
“Cada vez que aqui vos encontrardes, haveis de ouvir as palavras da tradição bíblica, concluída em Jesus Cristo, com o sentido verdadeiro do que é o templo, do que a religião há de ser como encontro de pessoas. Antes de mais, de nós todos com Deus e, depois, a partir de Deus, uns com os outros”, desenvolveu.
Neste contexto, o cardeal-patriarca de Lisboa acrescentou que desse encontro “brota uma caridade perfeita que é a própria caridade de Deus, como Jesus Cristo a vive em comunhão com o Pai e a oferece pelo seu Espírito”.
No dia 13 de outubro, D. Manuel Clemente presidiu à celebração de dedicação da nova igreja paroquial de São Brás, na Amadora, 15 anos depois de ter lançado a primeira pedra, quando era bispo auxiliar de Lisboa.
A primeira pedra deste templo foi benzida a 3 de fevereiro de 2005 e a construção da atual Igreja começou em 2016; A Paróquia de São Brás foi criada a 3 de fevereiro de 1998, tomando posse como primeiro pároco António Pedro de Oliveira;
O pároco atual, o padre Fernando Cima, lembrou como o “sonho” de 36 anos foi possível e destacou a ação dos jovens na angariação de fundos, lê-se no sítio online do Patriarcado de Lisboa.
A Igreja Católica recorda a 3 de fevereiro, no seu calendário litúrgico, a figura de São Brás (c. 264-c. 316), bispo e mártir, que padeceu pela fé cristã em Sebaste, na antiga Arménia, hoje Sivas, na Turquia, sob o governo do imperador Licínio.
CB
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