Lisboa: Comunidade da Capela do Rato promove vigília de oração pela paz

Capela do Rato; Foto Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril/ Cláudia Teixeira

Lisboa, 29 dez 2022 (Ecclesia) – A Capela do Rato, no Patriarcado de Lisboa, vai realizar uma vigília de oração pela paz, “evocando e atualizando a vigília pela paz e contra a guerra colonial há 50 anos”, esta sexta-feira, 30 de dezembro, às 21h00.

“Convidamos crentes e não crentes, homens e mulheres de boa vontade, cristãos de várias comunidades eclesiais, organizações da sociedade civil a se juntarem a nós, de modo informal, expressando, assim, o nosso desejo e o nosso compromisso comum pela paz, através de sentir comum aberto à fraternidade universal”, explicam num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Um grupo de católicos organizou uma “vigília de oração e jejum pela paz e contra a guerra colonial que Portugal trava em África”, inspirado pela mensagem ‘A paz é possível’, do Papa Paulo VI, na passagem do ano de 1972 para 1973, na Capela do Rato, no Patriarcado de Lisboa.

Agora, passados 50 anos, a comunidade da Capela do Rato, “numa fidelidade criativa a esta memória”, vai organizar uma nova vigília, esta sexta-feira, dia 30 de dezembro, a partir das 21h00, e vai ser presidida pelo cónego António Janela, “o último sacerdote vivo implicado na vigília” de 1972.

Esta nova vigília se inspira na mensagem do Papa Francisco para o 56º Dia Mundial da Paz, para o dia 1 de janeiro de 2023: “No horror e da crueldade dos ataques à Ucrânia, em pleno tempo pós-covid, com a ameaça da escalada nuclear, num mundo ferido por tantas guerras, perseguições e mortes, constatamos de que ‘o vírus da guerra é mais difícil de derrotar do que aqueles que atingem o egoísmo humano’”.

Foto Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril/ Cláudia Teixeira

O comunicado recorda que, na passagem do ano de 1972 para 1973, “a oração uniu crentes e não crentes”, e o seu impacto levou à intervenção das forças policiais que “ocuparam a Capela e fizeram vários presos”; este acontecimento “abalou o regime de então”, pelo seu impacto na imprensa nacional e internacional, “comprometeu as relações entre a Igreja e o Estado, e anunciou o caminho para a democracia”.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou a Capela do Rato com a Ordem da Liberdade, homenageando esses católicos, numa sessão comemorativa dos 50 anos da vigília de oração pela paz, no dia 14 de dezembro.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano com uma mensagem papal.

CB

 

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