Lisboa: Com Jesus Cristo não existe «limites nem fronteiras» para amar o próximo

Na homilia da Missa da Ceia do Senhor, D. Nuno Brás apelou à união e presença viva dos cristãos no amor ao próximo.

Caldas da Rainha, Lisboa, 18 abr 2014 (Ecclesia) – O bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás presidiu, esta quinta-feira, à Missa da Ceia do Senhor na Igreja paroquial de Caldas da Rainha dando início às celebrações do Tríduo Pascal da Morte e da Ressurreição de Cristo, com apelos à união e presença viva dos cristãos no amor ao próximo.

Com o desejo de que a celebração não fosse uma “reportação de acontecimentos passados”, D. Nuno Brás exteriorizou que Deus nunca fica para a história, “é vivo” e sempre atuante na vida comunitária de fé.

Lembrando que os crentes “sepultados com Cristo na morte, com Cristo ressuscitarão para a vida”, D. Nuno Brás disse que tal como os discípulos e os habitantes de Jerusalém de há 2000 anos, também os cristãos hoje estão presentes nestes acontecimentos, “ultrapassando o tempo e o espaço”, com a convicção de que “Deus vem ao nosso encontro e faz-se presente para cada um de nós”.

“Jesus é o verbo feito carne, o Deus feito homem, mas nada disso poderia ser redentor, nada disso nos poderia salvar e transformar verdadeiramente a nossa vida, se Ele não fosse o amor até ao fim, quer dizer, até ao final da sua vida e até ao máximo que é possível amar”, declarou ao iniciar a sua homilia.

O bispo auxiliar de Lisboa garante que “aquele que se deixa invadir pela caridade, pelo amor que encontra a sua fonte em Deus, deixa de amar com o seu coração para que seja o próprio Deus a amar em si”.

“Quando se fala em caridade é este amor que queremos referir, não aquilo a que o ser humano não raras vezes chama amor, mas que se resume à junção de dois egoísmos”, alertou D. Nuno Brás exprimindo que são muitos os que por si mesmos se oferecem “sem limites nem fronteiras em favor do próximo que necessita”, e em grande número outros antes de olharem para os seus interesses, “procuram sobretudo os interesses da humanidade”.

Durante a homilia, o bispo responsável pela Zona Pastoral Oeste do Patriarcado de Lisboa apontou que é “o amor” que manifestará na “ajuda concreta imediata e gratuita” de todos quantos precisam de auxílio. É com o mesmo amor que “transforma os profissionais cristãos em testemunhas vivas e concretas de Deus”, é com a mesma ligação afetiva espiritual que estará “sempre em ação, sempre desperto e disponível para o serviço” do bem comum, “é esse amor divino que não pode deixar de estar presente, sempre que damos testemunho da verdade de Deus por palavras ou obras”, sublinhou.

JP/LFS

 

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