Lisboa, 20 abr 2023 (Ecclesia) – O Centro Nacional de Cultura (CNC) prossegue hoje o ciclo de conversas sobre “problemáticas” em que arquiteto Nuno Teotónio Pereira se empenhou, “pouco abordadas” nas iniciativas realizadas nas celebrações do seu centenário (2022), a partir das 18h30.
A segunda sessão vai ter como tema «Património e reabilitação: continuam na ordem do dia», realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA, e decorre no CNC, em Lisboa.
A sessão tem como oradores o arquiteto Victor Mestre, o engenheiro Vítor Cóias e a investigadora Deolinda Folgado e com moderação da Investigadora Ana Isabel Ribeiro, coordenadora deste ciclo.
O arquiteto Nuno Teotónio Pereira morreu aos 93 anos, no dia 20 de janeiro de 2016.
Vencedor do Prémio ‘Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes’, atribuído pela Igreja Católica, em 2012, foi então distinguido pela sua “estatura ética e criativa”, apresentadas como “uma lição de humanidade” e “uma luz oportuníssima para pensar o lugar e o modo da Arquitetura reinscrever-se no presente e no futuro”.
Nuno Teotónio Pereira, nascido em Lisboa a 30 de janeiro de 1922, foi preso pela polícia política do regime ditatorial (PIDE) em 1967, 1972 e 1973, tendo sido libertado da prisão de Caxias após 25 de abril de 1974, data que marcou a transição de Portugal para a democracia.
Era membro honorário da Ordem dos Arquitetos e Doutor Honoris Causa pelas Faculdades de Arquitetura das Universidades do Porto e Técnica de Lisboa.
Ao longo da carreira recebeu várias distinções, entre as quais o Prémio da I Exposição Gulbenkian (1955), com o Bloco das Águas Livres (Lisboa), Prémios Valmor de 1967, 1971, 1975, respetivamente para a Torre de Habitação nos Olivais Norte, Edifício Franjinhas e Igreja do Sagrado Coração de Jesus, todos em Lisboa, além do Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA) (1985).
O arquiteto foi coorientador da tese de doutoramento que João Alves da Cunha apresentou em outubro de 2014 sobre o Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR), de que Teotónio Pereira foi fundador, e a sua atividades nas décadas de 50 e 60 do último século.
LFS/CB