D. Manuel Clemente vai presidir à assembleia conclusiva entre 30 de novembro e 4 de dezembro
Lisboa, 28 nov 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu este domingo à Eucaristia que deu início ao Sínodo Diocesano, durante a qual foi entregue o documento da assembleia que vai decorrer no Centro Diocesano de Espiritualidade Imaculado Coração de Maria, no Turcifal.
“Com tudo isto se habilitará o bispo diocesano para assinar por todos a constituição sinodal de Lisboa, formulação genérica do que depois se deverá concretizar, comunidade a comunidade, conforme as respetivas condições específicas”, disse D. Manuel Clemente, na Sé lisboeta.
No documento entregue aos membros do Sínodo Diocesano estão “recolhidas e sistematizadas” as muitas sugestões recebidas desde há dois anos e “também as ultimamente feitas sobre a sua primeira redação”.
“A chave maior de entendimento e ação só poderá ser a da misericórdia, sinal autêntico do Advento de Cristo, a nós como dom e através de nós como missão”, explicou D. Manuel Clemente.
Na homilia deste domingo, o cardeal-patriarca de Lisboa assinalou que a diocese entrou em sínodo com “reforço de ânimo e sentido”, um caminho que vai levar “mais à frente”.
“Impeliu-nos o Papa Francisco, com o seu e nosso «sonho missionário de chegar a todos». Outra maneira de dizer Advento de Cristo em nós para que, também por nós, se aproxime de cada um, em todo o local e situação que for e haja de ser, urgentemente ser”, desenvolveu D. Manuel Clemente.
Na Eucaristia que marcou também o início do novo ano litúrgico na Igreja Católica, com o primeiro Domingo do Advento, o patriarca destacou que o cristão existe para fora.
“Somos um corpo que só em conjunto atua e prossegue, crescemos da família doméstica para a família de Deus e tudo isto acontece misericordiosamente, ou seja, priorizando os últimos, que hão de ser primeiros”, referiu o cardeal, acrescentando que “começar pelas periferias” para acolher, integrar, incluir “é indubitavelmente o critério de Deus”.
A assembleia conclusiva do Sínodo do Patriarcado de Lisboa começa esta quarta-feira e termina ao almoço de 4 de dezembro, no Centro Diocesano de Espiritualidade Imaculado Coração de Maria, no Turcifal.
O encerramento solene é celebrado na Solenidade da Imaculada Conceição, a 8 de dezembro, às 15h30, na igreja do Mosteiros dos Jerónimos, numa cerimónia com ordenações diaconais.
A partir do Evangelho deste domingo, D. Manuel Clemente destacou o “contraste fortíssimo” entre o que continua e o que descontinua, “entre o habitual e a desabituação forçada”.
“Como batizados e confirmados no Espírito de Cristo, somos seu corpo e Advento no mundo. Acolhamos e acorramos a toda a realidade em redor, dramática sempre e muitas vezes trágica”, pediu ainda o cardeal-patriarca, numa homilia divulgada pelo site da diocese.
O Sínodo acontece no contexto dos 300 anos da qualicação patriarcal da diocese e após 376 anos (1640) da realização do último Sínodo Diocesano em Lisboa; a assembleia vai ser composta por 137 participantes, entre leigos, clérigos e religiosos, que irão analisar o documento de trabalho que resultou da reflexão de mais de 1000 grupos, durante três anos, com base na Exortação Apostólica 'A Alegria do Evangelho', do Papa Francisco.
Após o término da Assembleia Sinodal, no Turcifal, o cardeal-patriarca de Lisboa vai elaborar um documento que apresentará as linhas orientadoras para a ação pastoral da Igreja diocesana para os próximos anos.
Os jornalistas estão convocados para uma conferência de imprensa com D. Manuel Clemente, este domingo, às 14h30, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal, Torres Vedras, "sendo este o único momento aberto aos meios de comunicação social", refere o Patriarcado de Lisboa em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
CB/OC
Notícia atualizada às 16h40