Lisboa: Carlos Moedas evocou JMJ 2023, acontecimento «indescritível» que deixou marca na cidade

Autarca apresentou « Memórias de uma Belíssima Jornada», entrevista do cardeal D. Américo Aguiar ao jornalista Paulo Rocha

Lisboa, 07 jan 2025 (Ecclesia) – O presidente da Câmara Municipal de Lisboa destacou hoje a marca deixada pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que a capital portuguesa recebeu em agosto de 2023, falando num acontecimento “indescritível”.

“Nada nos podia ter preparado para aquele momento”, disse Carlos Moedas, na apresentação do livro ‘Memórias de uma Belíssima Jornada’.

A publicação (Paulus Editora) apresenta uma entrevista do diretor da Agência ECCLESIA, Paulo Rocha, aD. Américo Aguiar, coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023, em que são revelados bastidores da organização.

“A JMJ era ‘todos, todos, todos’, como diz o Papa, todos nessa alegria”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

O responsável recordou “a paz, a serenidade e a alegria” que se viveram nos seis dias da Jornada.

“Nunca houve, nunca senti [igual]”, declarou.

Carlos Moedas assumiu a “emoção” por revisitar o encontro mundial.

“Para mim, a Jornada são imagens”, observou, evocando vários dos momentos com a multidão, no Parque Tejo, em momentos “únicos”.

A intervenção assumiu a necessidade de “retribuir” o que cada um e a cidade recebeu, após este grande encontro de jovens, também do ponto de vista económico.

O autarca lembrou os “grandes problemas” que enfrentou com o cardeal D. Américo Aguiar, elogiando “a obra que se deixou à cidade”.

“Era um evento que nunca tínhamos feito em Lisboa”, evocando dificuldades económicas do pós-pandemia e os problemas de saúde que afetavam o Papa, em 2023.

Carlos Moedas assumiu ter ficado “aterrorizado” após a primeira visita ao Parque Tejo, como presidente do Município de Lisboa, destacando que a JMJ representava uma oportunidade que não se podia desperdiçar.

O responsável admitiu as dificuldades geradas por polémicas como as ligadas ao altar-palco, agradecendo pela atenção do Papa Francisco, que agradeceu aos lisboetas pelo seu empenho na organização da Jornada.

“Não podemos cansar-nos de contar esta história, porque foi maravilhosa, mudou a cidade”, sustentou.

O cardeal D. Américo Aguiar saudou “o trabalho e a dedicação” dos vários implicados na organização da JMJ 2023, um desafio que representou “muitos sonhos, muitas possibilidades” e também muitas dificuldades.

“Agradeço esta possibilidade de fixarmos uma perspetiva, que é a minha”, indicou o atual bispo de Setúbal, assumindo “grande orgulho por Portugal, pelos portugueses e os lisboetas”.

“Nós fomos capazes”, acrescentou, agradecendo a todos, “do mais anónimo ao mais mediático”.

Para o responsável católico, o que a Jornada fez em todo o país é a prova da capacidade de “reinvenção, de luta, de trabalho” das populações.

O bispo de Setúbal assumiu que um dos momentos “mais espectaculares” da Jornada, a Via-Sacra no Parque Eduardo VII, aconteceu de forma totalmente diferente do que estava “inicialmente desenhado”.

“Teve de se encontrar uma terceira via, para resolver o problema”, realçou.

O cardeal português indicou que a JMJ pode representar uma “aprendizagem”, a vários níveis, desejando que se faça também uma “memória técnica” das soluções encontradas para superar os problemas de logística e organização.

Na sua intervenção, o jornalista Paulo Rocha deixou vários agradecimentos a quem tornou possível a publicação desta obra, recordando os passos que antecederam esse encontro de jovens de todo o mundo em Lisboa.

“A partir desta entrevista, é possível ficar por dentro de uma história”, conseguindo “revisitar” e reviver os sentimentos gerados pela JMJ, indicou o diretor da Agência ECCLESIA.

A capital portuguesa acolheu a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude entre 1 e 6 de agosto de 2023, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas pelo Papa Francisco no Parque Tejo.

OC

O padre Tiago Melo, diretor-geral da Paulus Editora, disse por sua vez ser “uma grande alegria fazer parte da história” da JMJ 2023, falando numa obra que “pretende ser mais do que um livro, mas um baú de memórias”.

As margens de cada página têm datas significativas da preparação da JMJ, temas essenciais e remete-se, através de um QR code, para vídeos e fotogalerias dos vários dias e momentos da JMJ Lisboa 2023.

 

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