D. José Policarpo presidiu à celebração da Imaculada Conceição
Lisboa, 08 dez 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa assinalou hoje a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, numa missa na catedral da capital portuguesa, pedindo aos católicos que evitem ouvir “outras vozes que não a de Deus”.
Aludindo às figuras bíblicas de Adão e Eva, D. José Policarpo disse que a atenção a essas vozes “afastou-os da intimidade com Deus; o seu coração deixou de ser imaculado”.
“Isso pode acontecer ao cristão quando, na sua caminhada para a intimidade com Deus, escuta outras vozes e esquece a voz de Deus”, alertou, na homilia da celebração.
“A transformação do nosso coração pecador em coração imaculado, capaz de ver e amar a Deus, é o mistério da nossa redenção”, acrescentou.
Explicando um dos dogmas proclamados pela Igreja Católica a respeito da Virgem Maria, D. José Policarpo disse que “o facto de ser a mulher imaculada desde o primeiro momento da sua existência é, sem dúvida, um privilégio pessoal que lhe foi concedido por Deus através daquele filho de quem seria a mãe”.
“Ter um coração imaculado é uma exigência da intimidade com Deus a que Ele a [Maria] chamou e que na sua maternidade misteriosa adquire os contornos da relação mãe-filho”, acrescentou.
Para o cardeal-patriarca, “em toda a verdadeira experiência de amor de Deus, o cristão encontra Maria, a mãe de coração imaculado”.
“Depois de Adão, o primeiro homem com um coração imaculado, capaz da comunhão trinitária, é Jesus Cristo. Depois de Eva, a primeira mulher com coração imaculado, capaz de ver a Deus, é Maria”, precisou.
D. José Policarpo pediu “fidelidade”, por parte dos fiéis, para “escutar sempre a Palavra do Senhor e segui-la, na obediência da fé, dando-lhe primazia sobre todas as outras vozes”.
OC