Lisboa: Cardeal-patriarca ordenou quatro diáconos permanentes

«Peço que neste caminho sinodal que percorremos ajudeis os irmãos e irmãs das comunidades que servirdes a concentrarem-se na Cruz do Senhor» – D. Manuel Clemente

 Lisboa, 13 set 2021 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa ordenou este domingo quatro diáconos permanentes, no Mosteiro dos Jerónimos, e destacou que o “caminho sinodal é caminho pascal”.

“Peço que neste caminho sinodal que percorremos ajudeis os irmãos e irmãs das comunidades que servirdes a concentrarem-se na Cruz do Senhor, dando a esta o maior relevo catequético e litúrgico, para que nada a ofusque, visualmente sequer”, disse D. Manuel Clemente, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.

“Que ela seja a razão fundamental dos vossos gestos e palavras. Que ela seja também o critério do que rezardes ou decidirdes pessoalmente e com os outros, pois tudo há de ser iluminado pela luz que só dela irradia”, acrescentou, dirigindo-se aos novos diáconos.

O cardeal-patriarca de Lisboa ordenou com o primeiro grau do sacramento da Ordem António Hipólito, de 62 anos, da paróquia de Alcabideche; Diogo Clemente, 65 anos, da paróquia de Fanhões; Nuno Jorge Andrade, 44 anos, da paróquia da Lapa e Samuel Sanches, 63 anos, da paróquia de Alcabideche.

D. Manuel Clemente pediu-lhes que sejam “sinais evidentes e mobilizadores da vida ganha quando se entrega, para louvor de Deus e bem de todos”.

“Manifestareis assim a prevalência da caridade de Cristo, na Igreja e para o mundo. Caridade que vale por si e há de preencher tudo o mais. Com o vosso ministério manifestareis, pela simplicidade da atitude e a prontidão do serviço, que tudo o que a Igreja tem para transmitir em catequese, celebrar em liturgia e oferecer em caridade é a vida de Cristo. Vida vitoriosa, porque a entregou na cruz e assim mesmo venceu a morte”, desenvolveu.

Foto: Patriarcado de Lisboa

A partir da liturgia deste domingo, D. Manuel Clemente começou a sua homilia a afirma que a pergunta de Jesus – «- E vós, quem dizeis que eu sou?» – “continua a ressoar fortemente”.

“A pergunta permanece e exige-nos uma resposta constante. Poderemos até avaliar a realidade da nossa fé a partir daqui, da pergunta de Jesus e da resposta que lhe dermos”, assinalou.

O cardeal-patriarca de Lisboa lembrou que o Papa Francisco convida a aprofundar a realidade sinodal na generalidade das Igrejas locais e de toda a Igreja universal e vão participar “convictamente neste caminho”.

A Santa Sé publicou o documento preparatório do Sínodo dos Bispos onde indica os princípios da “sinodalidade como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”.

O caminho tem início nos dias 09-10 de outubro de 2021, em Roma, e a 17 de outubro seguinte, em cada uma das Igrejas particulares.

CB/OC

O ministério do diácono permanente, na Igreja Católica, está particularmente destinado às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, bem como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.

No caso dos candidatos ao diaconado permanente, esta é uma missão para toda a vida, a que podem aceder homens, incluindo os casados, com mais de 35 anos.

O Motu Proprio ‘Sacrum Diaconatus Ordinem’ (18 de junho de 1967), do Papa Paulo VI, promulgou a restauração do diaconado permanente na Igreja Latina, segundo decisão tomada no Concílio Vaticano II.

 

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Agência ECCLESIA

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