D. Manuel Clemente presidiu à solenidade de São Vicente, principal padroeiro da cidade
Lisboa, 23 jan 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa celebrou esta segunda-feira na Sé a solenidade de São Vicente, padroeiro principal da cidade, e realçou o legado de sacrifício deixado pelo santo, que marca também hoje a vida de tantas comunidades cristãs perseguidas.
Na sua homilia, publicada pelo gabinete de comunicação do Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente recordou que tal como “há dois milénios”, o “martírio cristão continua” bem presente “em tantos lugares deste mundo”, sendo mesmo “o cristianismo a religião mais perseguida”.
O responsável católico recorda no entanto que “mártir significa testemunha” e que é através da história destas pessoas, que morreram e sofreram pela sua fé, que vem “a prova irrecusável” da “presença de Cristo, vencedor da morte”.
“Também por isso comemoramos a vitória de Vicente”, frisou o cardeal-patriarca.
O santo, diácono de Saragoça (Espanha), foi martirizado no início do século IV, na perseguição de Diocleciano, a última desencadeada pelos imperadores romanos contra os cristãos.
A recuperação do corpo foi ordenada por D. Afonso Henriques, que mandou construir o Mosteiro de São Vicente de Fora em 1147, no cumprimento de um voto dirigido a São Vicente pelo sucesso da conquista de Lisboa; os restos mortais chegariam à cidade no dia 15 de setembro de 1173.
Durante a sua reflexão, D. Manuel Clemente considerou ainda que “a atualidade lisboeta reclama uma reintegração social e intercultural de que São Vicente pode ser o grande inspirador”.
São Vicente é também o padroeiro principal da Diocese do Algarve.
JCP