Lisboa: Cardeal-patriarca e dois mil jovens celebraram Jornada Diocesana da Juventude (c/fotos)

D. Manuel Clemente pediu testemunho e «participação livre» na vida política, que «determina o futuro»

Lisboa, 22 nov 2021 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu este domingo à Missa da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), na Paróquia de Queluz, desafiando os jovens católicos a uma “participação livre” na vida política”, para transformar a sociedade, inspirados pela fé cristã.

“Numa sociedade democrática como a nossa, peço particularmente a cada um de vocês para ter em conta esta necessária participação responsável, livre, na vida política que determina o nosso futuro conjunto enquanto concidadãos”, disse D. Manuel Clemente, na homilia da celebração.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o patriarca de Lisboa destacou que o Papa pede aos jovens que sejam “testemunhas de Cristo onde ele precisa mais de ser apresentado, com outros jovens, mas também nos setores sociais, onde a solidariedade precisa de ser mais do que uma palavra um gesto, uma atitude concreta”.

O encontro reuniu cerca de dois mil jovens, num programa que incluiu momentos de oração e convívio, com ateliês participativos, um tempo de missão e um concerto-testemunho do artista Matay.

Adriana Moleiro, da Paróquia de Óbidos, destacou a “alegria”, a adesão e motivação dos jovens “para o encontro”, depois de um ano e meio fechados e “sem encontros presenciais”.

“É muito bom sentir que os jovens querem vir, que querem estar, e sobretudo que estão com atenção, que estão para escutar com este espírito aberto, que se querem encontrar com Cristo e sentem falta deste espaço presencial”, desenvolveu.

David Rodrigues, do Caminho Neocatecumenal, salienta que no mundo, “às vezes, é difícil ser cristão” e num encontro deste pode “ganhar energias” para uma semana “cheia de trabalho, cheia de testes”, em realidades onde a sociedade não “oferece esta palavra que a Igreja oferece”.

O jovem da Paróquia de Belas também é catequista e explica que participou na JDJ com alguns catequizandos para dar-lhes o que também recebeu, “esta palavra, este amor, esta alegria”.

“Esta energia para poder estar no mundo alegremente, mesmo quando é uma chatice”, afirmou David Rodrigues.

Foto: Agência ECCLESIA/HM

O padre Marco Leotta, que falou sobre a experiência de conversão, disse à Agência ECCLESIA que os jovens têm necessidade de “propostas difíceis” porque são chamados a dar muito, e é preciso que alguém, que a Igreja, lhes diga que a sua vida “pode ser mais, pode ser verdadeiramente grande”.

“O tesouro que têm dentro merece ser posto a render. Nosso Senhor chama à santidade, então não se pode propor coisas pequenas. O Papa João Paulo II chamava os jovens a coisas grandes, não há coisa maior do que amar a Jesus Cristo e ser santo”, desenvolveu o pároco de Nossa Senhora de Aboboriz de Amoreira, do Sagrado Coração de Maria de Olho Marinho, de São Sebastião do Sobral da Lagoa e de Nossa Senhora da Piedade do Vau.

A Igreja Católica promoveu este domingo, nas dioceses de todo o mundo, a sua festa anual com os jovens católicos, pela primeira vez na solenidade litúrgica de Cristo-Rei, por decisão do Papa Francisco.

HM/CB/OC

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