D. José Policarpo presidiu a missa pelo Dia Mundial do Doente
Lisboa, 10 fev 2013 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa defendeu hoje que o sofrimento humano tem a capacidade de transformar e libertar as pessoas, antecipando o Dia Mundial do Doente que a Igreja celebra esta segunda-feira.
“O sofrimento se não for amado, se não for oferecido, destrói; se for oferecido, liberta, redime, não só a própria a pessoa mas também os outros”, disse D. José Policarpo, na homilia da missa a que presidiu na Capela das Irmãzinhas dos Pobres, em Campolide (Lisboa).
À imagem do que fizera na sua mensagem de Natal de 2011, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa citou citando o padre e antropólogo jesuíta Teilhard de Chardin para desejar um “salto qualitativo” da humanidade em consequência de uma nova interpretação do sofrimento e da sua oferta a Deus.
“Se essa mole imensa de sofrimento humano fosse oferecida, a humanidade daria um salto qualitativo na sua verdade profunda, na sua verdade fundamental”, prosseguiu.
O responsável aludiu à “missão” dos que sofrem muito, convidando-os à unirem-se a Cristo perante “um desafio muito grande de redenção”.
“O sofrimento tem a força e potencialidade de ser uma realidade que me desafia a um outro horizonte de vida, porventura a pôr o coração noutras realidades, a mudar de ideais”, declarou.
Segundo D. José Policarpo, “o sofrimento humano é uma realidade imensa, talvez mais forte e mais abundante do que as realidades que habitualmente aparecem na vida dos homens como as principais: os sucessos, os triunfos, o amor”.
“Nós estamos convosco”, concluiu, dirigindo-se aos que passam por momentos de doença ou sofrimento.
O Dia Mundial do Doente, celebração instituída por João Paulo II em 1992, é assinalado anualmente pela Igreja Católica a 11 de fevereiro, na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, data que marca as aparições a Bernardette Soubirous, em 1858.
OC