D. Manuel Clemente preside a reunião do conselho presbiteral
Lisboa, 27 mai 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca destacou a presença da Vida Consagrada na diocese e recordou a importância de todos serem missionários “ou não são verdadeiramente Igreja” no contexto de sínodo diocesano em 2016, numa reunião com o Conselho Presbiteral de Lisboa.
“A Igreja é missionária no seu todo, começando por sê-lo no próprio coração – nesse ’lugar’ a que Jesus nos remeteu, em conversão e propósito. Daí que a força e a eficácia da missão, seja onde for, se garantam pela disponibilidade total para o que Deus queira, quando queira e como queira. E a vida consagrada tem esse sentido principal, de levar o batismo à sua raiz, renascendo de Deus e para Deus, como único absoluto e universal vontade”, explicou D. Manuel Clemente, no Seminário dos Olivais.
Na comunicação ao Conselho Presbiteral do Patriarcado de Lisboa, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o cardeal assinalou o facto de dedicarem parte da sessão à partilha sobre a vida consagrada, “essa componente indispensável da Igreja”, e, nesse contexto, indicou que no final de 2016 vão “assinalar o tricentenário do Patriarcado e a sua natureza missionária”.
“Todas as nossas comunidades – famílias, paróquias, institutos religiosos e seculares, associações e movimentos – ou são “missionárias” ou não são verdadeiramente Igreja”, alertou.
D. Manuel Clemente reconheceu a dificuldade da “nova evangelização” porque é uma reapresentação do Evangelho a quem “o esqueceu ou tem dele uma ideia obscurecida ou deturpada” e recorda que a Europa “já foi declarada terra de missão”, à qual “o Evangelho foi trazido pelos primeiros missionários cristãos”.
O cardeal-patriarca destacou que na diocese existem vários Institutos religiosos e seculares de vida ativa ou/e contemplativa e os “vocacionados” para a missão ad gentes “ativam” o que “tanto caracterizou” Lisboa noutros tempos e até “ocasionou o seu título patriarcal”.
Neste contexto, relembrou Santo António de Lisboa, que partiu para Marrocos, e São João de Brito, missionário na Índia, bem como todos que partiram e continuam a sair em missão.
Depois, observou o patriarca, quando regressam animam as suas comunidades com o “espírito e a experiência que ganharam” fazendo crescer as comunidades em “fecunda geminação num vai vem salutar”.
D. Manuel Clemente recordou ainda quatro notas eclesiais que a vida consagrada “assinala e promove”: Primado de Deus; fraternidade evangélica; cuidado dos mais necessitados; saída evangelizadora.
A Igreja Católica vive o Ano da Vida Consagrada subordinado ao lema “Vida Consagrada na Igreja Hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”, convocado pelo Papa Francisco pretende “fazer memória agradecida do passado”, “abraçar o futuro com esperança” e “viver o presente com paixão” até 2 de fevereiro de 2016.
CB/OC