D. Manuel Clemente pede que «os contactos não degenerem em contágios»
Lisboa, 22 mar 2021 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa escreveu uma carta às comunidades católicas da diocese, apelando à cautela nas celebrações de Semana Santa e Páscoa para evitar “novo confinamento” por causa da Covid-19.
“Façamos tudo para que a pandemia não alastre e novo confinamento não se imponha. Celebrações mais intervaladas e breves, com presença limitada e fisicamente espaçada; ambientes arejados; uso de máscaras e desinfetante das mãos; comunhão na mão e omissão de aglomerações antes e depois de cada celebração”, escreve D. Manuel Clemente, numa missiva divulgada pelo Patriarcado de Lisboa.
O responsável destaca a necessidade de recorrer aos “modos comprovados de prevenir o alastramento da pandemia”.
“Assim os observaremos, para que os contactos não degenerem em contágios”, indica.
A carta recorda as orientações que tinham sido propostas pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, no sentido de evitar ajuntamentos e limitar contactos durante as celebrações.
“Vivamos este tempo litúrgico com devoção e compromisso. As transmissões audiovisuais continuarão a complementar ou a superar a redução da presença física nas celebrações. A graça divina não tem fronteiras e recompensará o que a caridade obrigue”, sublinha D. Manuel Clemente.
O cardeal-patriarca começa a sua mensagem com palavras de “grande proximidade e companhia” à população da diocese, “entre alegrias e esperanças, entre lutos e dores”.
O tempo difícil que vivemos trouxe muita dor e muito luto. Foi também ocasião para se redobrarem cuidados públicos e particulares no campo da saúde e da segurança em geral, com grande abnegação e entrega. Reconhecemos em tudo isso os sinais da ressurreição”.
D. Manuel Clemente elogia todos os que hoje repetem os gestos de Jesus, “junto dos enfermos do corpo ou do espírito”, ajudando os “necessitados de agora”.
“Jesus continuará connosco enquanto o mundo for mundo, reforçando a solidariedade humana com o seu amor novo, que vai sempre mais além do que alcançaríamos sozinhos”, aponta.
Apontando aos momentos centrais do calendário católico, que se iniciam a 28 de março, com a celebração do Domingo de Ramos, o cardeal-patriarca pede atenção particular aos trechos bíblicos que a Igreja oferece na liturgia diária.
“São palavras de espírito e vida, que nos identificarão com a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para salvação nossa e de outros através de nós”, sustenta.
OC
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