Lisboa: Cardeal-patriarca agradece serviço dos Padres dos Sagrados Corações à diocese

«Rezamos para que o Senhor da Messe lhes dê mais vocações e os faça voltar um dia» – D. Manuel Clemente

Lisboa, 10 out 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa agradeceu o trabalho da Congregação dos Sagrados Corações (de Jesus e de Maria) na diocese, numa mensagem por ocasião da saída dos sacerdotes, motivada pela diminuição de vocações.

“Muito obrigado lhes fica o Patriarcado de Lisboa, que os espera de volta, com o excelente carisma que os transporta”, escreveu D. Manuel Clemente, na informação publicada esta terça-feira.

O cardeal-patriarca de Lisboa destaca o tanto que fizeram os Padres dos Sagrados Corações “na formação sacerdotal, nas missões populares” e em diversas paróquias, as últimas Catujal e Unhos, onde deixaram uma “marca evangélica de serviço dos pobres, com grande simplicidade e dedicação”

A mensagem contextualiza que nos anos 30 e 40 do século passado os religiosos foram “diretos colaboradores do Cardeal Cerejeira” e formadores no Seminário dos Olivais e pela sua “grande qualidade” contribuíram, “notavelmente”, para a formação dos sacerdotes “daquele tempo, no Patriarcado e não só”.

Já sobre as missões internas, realça que os Padres dos Sagrados Corações contribuíram para levantar “a fé de muitas terras”.

Na mensagem publicada no sítio online do Patriarcado, por ocasião da saída dos Padres dos Sagrados Corações, D. Manuel Clemente explica que “só o facto de diminuírem em número os levou a encerrar a última comunidade”.

A congregação foi fundada na noite de Natal de 1800, por José Maria Coudrin, padre da Diocese de Poitiers (França) e por uma jovem da nobreza, Henriqueta Aymer de la Chevarie, dividindo-se desde o início nos ramos masculino e feminino.

Em Portugal, a primeira missão foi dirigir o Seminário dos Olivais, em Lisboa; os padres – três franceses e um holandês – chegaram em 1931, tendo permanecido 14 anos à frente da instituição, os dois últimos sacerdotes saíram em 1947.

Entre 1939 e 1967, a congregação dedicou-se às missões populares no Patriarcado de Lisboa; Em 1957 fundou o Seminário Menor Padre Damião, na Ilha Terceira, Diocese de Angra, que encerrou em 1971, e os religiosos criaram outro seminário em Baltar, na Diocese do Porto.

O caráter missionário dos Padres dos Sagrados Corações estendeu-se a Moçambique, os primeiros presbíteros chegavam a Inhaminga, Diocese de Beira, no dia 11 de novembro de 1956.

Um dos mais conhecidos membros da congregação é o padre Damião de Veuster (Bélgica, 1840 – EUA, 1889) que aos 33 anos foi viver com leprosos na ilha de Molokai (Havai – Oceano Pacífico) e morreu dezasseis anos depois, com lepra; Foi canonizado a 11 de outubro de 2009 pelo agora Papa emérito Bento XVI.

CB

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Agência ECCLESIA

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