«A atividade humana é nobre quando descola para o horizonte de Deus e aterra no bem comum», sublinhou D. Manuel Linda
Lisboa, 02 jul 2014 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança participou hoje em Lisboa no Dia da Força Aérea, e no 62.º aniversário daquela instituição, destacando o seu contributo para a preservação da “paz” e dos “direitos humanos” das populações.
Na missa que celebrou na igreja de Nossa Senhora do Rosário, em São Domingos de Benfica, D. Manuel Linda realçou ainda a ação “determinante” que a Força Aérea tem “em diversos âmbitos de emergência, tais como busca e salvamento, recolha e transporte de órgãos, colaboração na proteção civil”.
No entanto, advertiu o prelado na homilia enviada à Agência ECCLESIA, “toda esta atividade” só pode atingir “o cerne do pleno humanismo” quando apoiada num “tripé de difícil equilíbrio”.
Em primeiro lugar, “no respeito e na admiração pela natureza, mas não como seu escravo”; depois “ancorada numa tal relação com os outros a quem, efetivamente, se possa chamar e sentir irmão”; e por fim “fundada numa tal intimidade com Deus a quem se possa tratar por Pai”.
No que toca a esta relação com Deus e com a fé, o prelado recorreu aos atos de “descolar e aterrar” tão caraterísticos de quem serve a Força Aérea.
“A atividade humana é nobre quando se eleva, quando descola para o horizonte de Deus, fonte e origem de uma nova visão sobre as razões do trabalho, e quando aterra no bem comum, garante da edificação de uma nova humanidade”, apontou.
Para D. Manuel Linda, “a fé e a religião ajudam as organizações desenvolvidas a adquirir um novo dinamismo”.
“É que elas não oprimem, mas elevam. Elevam a outra mentalidade, a outra visão, a outra cultura geradora de uma tal novidade que nos transporta do reino do instinto para o reino da liberdade humanizada. Se sois cristãos, continuai o exemplo e a ação de Cristo”, exortou o bispo.
A eucaristia do Dia da Força Aérea, evocativa também do 62.º aniversário da instituição, contou com a presença do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José António de Magalhães Araújo Pinheiro, e de outras entidades militares e civis.
JCP