Lisboa: Ano da fé sublinhou o significado de ser cristão

«Agora vamos para a frente com a fé de sempre», disse patriarca

Peniche, Leiria 25 nov 2013 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, explicou à Agência ECCLESIA que o programa diocesano do ano pastoral 2013/2014 “vem na sequência lógica” do Ano da Fé e apelou à “caridade”, no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, este domingo.

“Agora projeta-se, aqui no Patriarcado o programa de 2013/2014 vem na sequência lógica. A fé atua pela caridade, que é outra maneira de dizer que a fé sem obras é morta e é o que nós estamos a tentar fazer incentivando ainda mais a ação sociocaritativa das comunidades cristãs, das associações e dos sítios onde haja cristãos”, revelou D. Manuel Clemente, em Peniche.

O patriarca de Lisboa revela que o Ano da Fé “foi uma ocasião das pessoas irem outra vez aos seus fundamentos cristãos, retomarem o Credo que recitam todos os domingos e perceberem melhor cada um daqueles artigos e o que é que significa na sua vida, no fundo o que é que significa ser cristão”.

O Ano da Fé foi também uma oportunidade de haver “mais consciência” de que é necessário uma formação mais cuidada para “como cristãos servir a Igreja e também o Mundo”, considerou o entrevistado.

D. Manuel Clemente considera que a avaliação do Ano da Fé só se pode “fazer por fora”, pelas iniciativas que foram organizadas, mas considera que tendo como amostra a peregrinação da diocese, “pela qualidade do encerramento”, fica com uma “atitude otimista”.

Para o prelado esta iniciativa “ultrapassou de certa maneira as expectativas” devido à dimensão territorial da diocese de Lisboa que termina na Nazaré e ao “dia frio” apesar do “brinde” que tiveram com “um sol bonito”.

“Agora vamos para a frente com a fé de sempre”, acrescentou.

O Patriarca de Lisboa acrescentou que terminado o Ano da Fé têm a “vida habitual da Igreja” para além da “preparação do sínodo sobre a família” ou seja “sempre muito trabalho para fazer além do dia-a-dia”, até que o Papa motive para outro objetivo comum.

Marcos Martins, seminarista no Patriarcado de Lisboa, revelou que este “foi um ano muito bom na fé” porque deixou a marca da “intimidade com Cristo” e do “aprofundamento” desta relação.

O seminarista considerou que este ano de reflexão foi importante porque a fé precisa de “uma nova vivência”, precisa de ser “um crescimento pessoal todos os dias” mesmo com o fator crise “para crescer com ela”.

Por sua vez, Bernardo Trocado explica que para além de ser “mais um ano de seminário” e de “discernimento vocacional” rumo ao sacerdócio, no Ano da Fé fruto da caminhada realizada descobriu que é “batizado”: “já sabia mas foi bom redescobrir isso e perceber que isso traz todas as consequências na minha vida: que sou um só com Cristo”

Deste período, que decorreu entre outubro de 2012 até este domingo, o seminarista destaca a eleição do Papa Francisco, “especialmente vivida em seminário”, os seus gestos e “ver para onde está a apontar” o caminho da Igreja e também a “entrada” de D. Manuel Clemente no Patriarcado de Lisboa.

“Este Ano da Fé serve para me lançar para os próximos anos, serve para recordar os anos passados mas agora é para andar mais para Deus e caminhar mais para os homens e mulheres deste mundo, no futuro como sacerdote”, revela Bernardo Trocado.

CP/CB

 

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Agência ECCLESIA

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