Lisboa: Ação Católica Rural apontou sinais de esperança e inquietação na sociedade portuguesa

Assembleia diocesana estabeleceu objetivos para 2012-2013

Ribamar, Lisboa, 25 jul 2012 (Ecclesia) – O movimento Ação Católica Rural (ACR) do Patriarcado de Lisboa realizou este domingo em Ribamar, Lourinhã, uma assembleia onde apontou objetivos e tomou posição relativamente à situação económica e social em Portugal.

Entre os “desafios a concretizar” inclui-se a “reeducação dos valores, especialmente na família”, acentuando a importância da “justiça”, refere uma nota de imprensa enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Os participantes, pertencentes à região Oeste da diocese, consideram que a economia e a finança têm de estar “ao serviço das pessoas”, propósito que deve envolver “os empresários e os trabalhadores, com responsabilidades justa e equitativamente repartidas”.

“Educar para uma correta utilização dos meios da comunicação social” e continuar a trabalhar por um “desenvolvimento solidário” que recorra ao “voluntariado” e à “cultura da gratuidade” são algumas das prioridades mencionadas no documento.

A ACR observa “sinais de esperança” numa sociedade “que se deixou manipular pelo consumismo e pelo individualismo ganancioso”, cedeu à “corrupção e à falta de solidariedade”, promoveu o “desemprego e a precariedade no trabalho” e aumentou as “desigualdades sociais”.

O texto conclusivo do encontro realizado na Casa do Oeste, 70 km a norte de Lisboa, destaca a “valorização do trabalho agrícola, com novas iniciativas e experiências inovadoras”, o “novo espírito de poupança e reutilização de bens e recursos naturais” e a melhoria do “nível da escolaridade.

A existência de um número crescente de pessoas “capazes de dar a volta à vida profissional”, a consolidação da “agricultura biológica”, a “defesa do ambiente”, a implantação das “energias alternativas” e os “movimentos de voluntariado” são também realçados pela positiva.

“Não se pode ser cristão sem o compromisso com a justiça e sem a solidariedade para com os pobres e excluídos”, frisa a declaração, acrescentando que os católicos devem testemunhar as suas convicções “no mundo da família, da escola, do trabalho, da comunidade local, da comunicação social, da saúde e da cultura”.

O programa de atividades da ACR centra-se em iniciativas de estudo e divulgação dos textos do Concílio Vaticano II (1962-1965), no ano em que se assinala o 50.º aniversário da sua abertura.

Os responsáveis do movimento, que se propõem divulgar “documentação prática (literária e visual)” e realizar cursos e encontros sobre o tema, agendaram para 12 de maio de 2013 uma “Festa do Concílio”, a decorrer na Casa do Oeste.

RJM

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Agência ECCLESIA

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