O mundo necessita de “mãos que lavam, corações que escutam, gestos que curam”.
Lisboa, 17 abr 2025 (Ecclesia) – O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, disse, esta quinta-feira, na homilia da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, que a Eucaristia é o “sacramento da esperança”.
“A Eucaristia é o sacramento da esperança porque nela, Cristo antecipa a Sua vitória, transforma o pão e o vinho em penhor de eternidade”, referiu, na Sé de Lisboa D. Rui Valério.
Cada vez que se celebra a Eucaristia, “o céu toca a terra. A cruz não é o fim. A morte não sai vencedora. A Eucaristia garante-nos que o amor é mais forte. E esta esperança não é apenas consolo: é envio. A Ceia do Senhor não é uma lembrança passiva, é uma missão ativa”, acrescentou o Patriarca de Lisboa.
A Eucaristia é a “beleza da terra, iluminada pela beleza do céu” porque “no pão feito do trigo, que cresce nos campos trabalhados pelo homem com o suor do seu rosto, e no vinho fruto das uvas que maturam em fecundos vinhedos escarpados, não encontramos só obra de técnicas aperfeiçoadas no tempo, mas tocamos a sabedoria do homem ser mais do que para si mesmo”, sublinhou na homilia D. Rui Valério.
Nesta Quinta-feira Santa, os cristãos são “confrontados com o escândalo de um Deus ajoelhado, de um Senhor que serve”.
A esperança cristã torna-se, “assim, serviço” porque o mundo “precisa de sinais de esperança concreta: mãos que lavam, corações que escutam, gestos que curam”.
Toda a Eucaristia termina com um envio: “«Ide» – ou seja, levai esta esperança aonde ela ainda não chegou, por isso, a Igreja é sacramento desta presença, mas também sacramento do envio”.
A Igreja só se compreende “como missão, como evangelizadora da paz até aos confins da terra e a Eucaristia funda e alimenta esta missão”.
LFS