Responsável explica figura do «gestor» do peregrino, na JMJ, e destaca que falta um passo para chegar a todos os países do mundo
Lisboa, 02 jul 2023 (Ecclesia) – O diretor do ‘Caminho 23’, uma das direções do Comité Organizador Local da JMJ Lisboa 2023, apelou à participação de peregrinos e voluntários no encontro mundial, para permitir acompanhar todos os que chegarem ao país.
“Nas mais diversas áreas, não fizemos tudo, não vamos conseguir fazer tudo, mas queremos fazer muito e, para isso, precisamos da envolvência de todos e que todos aqueles que queiram participar na Jornada, como voluntários, como peregrinos, das formas que puderem ajudar, se juntem, ainda vão a tempo. Ainda temos um mês para fazer caminho”, indica Afonso Virtuoso, em entrevista conjunta à Ecclesia e Renascença, publicada e emitida este domingo.
Segundo a organização da JMJ Lisboa 2023, os países com mais peregrinos que finalizaram a sua inscrição são a Espanha (58 531), Itália (53 803), França (41 055), Portugal (32 771) e EUA (14 435).
O Comité Organizador Local (COL) decidiu criar a figura do “gestor do peregrino”, que tem como missão “acompanhar aqueles que são os principais grupos de peregrinos estão inscritos na Jornada”, procurando “garantir esta relação próxima personalizada”, explica o diretor do ‘Caminho 23’.
O entrevistado assume a vontade de “chegar a todos”, com momentos de celebração particularmente dedicados aos grupos dos países com maior número de inscritos.
“A ideia é criar livremente um momento de encontro, que não seja só um momento de celebração religiosa, que também o é e que é na jornada o fundamental, mas depois também tem ali toda parte do Festival da Juventude também naquele encontro nacional”, adianta.
À partida serão no passeio marítimo de Algés, temos tido uma grande colaboração da Câmara de Oeiras e agradecemos muito. Estamos muito agradecidos a todos aqueles que nos têm ajudado a fazer estas coisas concretas acontecer”.
Afonso Virtuoso entende que há, hoje, maior consciência, na opinião pública, da “escala da organização de uma Jornada Mundial da Juventude”, que vai além dos encontros com o Papa.
O COL tem assumido a intenção de contar, em Lisboa, com peregrinos de todos os países do mundo e, neste momento, só não há registo de inscrições de uma nação, as Maldivas.
“Já conseguimos muito e já fizemos um caminho incrível”, afirma o entrevistado.
O diretor do ‘Caminho 23’ diz que, da parte do Vaticano, há “confiança” na organização portuguesa e uma mensagem de “esperança”, para todos os envolvidos, que vivem uma oportunidade única para a Igreja.
“O trabalho e os processos têm criado aqui dinâmicas entre as dioceses, tem sido uma coisa muito boa e que, se calhar, nunca tínhamos visto antes”, indica.
Afonso Virtuoso destaca o caminho percorrido na área da ecologia integral e na inclusão das pessoas com deficiência.
“As iniciativas de inclusão das pessoas com deficiência têm sido um trabalho inédito e muito bem feito, nesta Jornada Mundial da Juventude”, sustenta, precisando que a intenção de “garantir que os jovens não só vêm à Jornada, mas vivem a Jornada e aproveitam tudo aquilo que a Jornada tem para lhes dar”.
“Queremos que os jovens com deficiência não sejam só meros assistentes, mas que sejam participantes, sejam verdadeiros promotores, embaixadores da Jornada”, acrescenta.
O ‘Caminho 23’ procurou também chegar a outro grupo, escrevendo a “centenas de pessoas que estão na prisão”.
Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)