Documento foi dado a conhecer pelo Grupo de Projeto para a JMJ, que aponta a 1,2 milhões de pessoas
Lisboa, 05 abr 2023 (Ecclesia) – O Grupo de Projeto para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 apresentou hoje o Plano de Mobilidade para o encontro, projetando o recurso à mobilidade a pé como um dos principais meios para os peregrinos.
Isabel Pimenta da VTM, empresa que realizou o plano, sublinhou, em conferência de imprensa, o “caráter de peregrinação” que caracteriza a JMJ e o facto de os participantes serem essencialmente jovens, para sublinhar a importância de tornar mais leve a estrutura de transportes.
Estima-se que os jovens possam realizar percursos de 10 quilómetros diários, em média, nos trajetos entre a toma de transportes e os locais dos encontros e eventos.
“200 mil serão transportados em autocarros alugados especificamente para o evento, não são transporte público regular. São cerca de quatro mil autocarros. Estacionar quatro mil autocarros dentro da cidade é um desafio muito exigente. E temos também cerca de 300 mil peregrinos (25%) em transporte individual”, apontou Isabel Pimenta.
José Sá Fernandes, coordenador do Grupo de Projeto, referiu aos jornalistas que este plano está desenhado para uma afluência de 1,2 milhões de pessoas, incluindo peregrinos não inscritos formalmente na Jornada Mundial, mas que virão para Lisboa na semana de 1 a 6 de agosto deste ano.
O plano estabelece diversos corredores especiais na cidade, que serão ativados de acordo com os dias e o programa da JMJ.
Isabel Pimenta aludiu especificamente aos jovens que ficam nas três dioceses de acolhimento – Lisboa, Santarém e Setúbal -, estimando o seu número em cerca de 500 mil pessoas, que se poderão deslocar para a cidade através de transportes públicos”.
A rede está projetada para operar na sua “máxima força”, contando para esses dias com um reforço de viaturas e motoristas, o mesmo acontecendo com o transporte fluvial e ferroviário.
Nesse sentido, serão criados “hubs” para tomada e largada de passageiros ou para estacionamento de autocarros.
A mobilidade dos peregrinos será também facilitada pela criação de um passe especial para a semana da JMJ Lisboa 2023.
Os autores do Plano de Mobilidade assumem os constrangimentos n que poderão ocorrer em Lisboa, na primeira semana de agosto, mas destacam que o documento existe “para os minimizar”.
Questionado sobre a eventualidade de greves e paralisações no setor dos transportes, nos dias da JMJ, José Sá Fernandes afirmou que as entidades competentes estão a dialogar com os trabalhadores e os sindicatos de forma a assegurar que o plano se possa concretizar.
A chegada dos peregrinos por via aérea terá o apoio dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.
Ainda hoje, o Governo criou uma comissão para elaborar o plano de resposta e de gestão dos cuidados de saúde para a JMJ Lisboa 2023.
“O previsível e progressivo aumento da afluência de cidadãos na participação em iniciativas pré-jornada, nomeadamente os ‘dias nas dioceses’ a decorrer em 17 dioceses de Portugal e o encontro de jovens de 26 a 31 de julho, culminando nas cerimónias oficiais a decorrerem de 1 a 6 de agosto, exigem um reforço da capacidade de resposta dos diferentes níveis de cuidados de saúde”, refere um despacho publicado hoje em Diário da República.
HM/OC