Lisboa 2023: Peregrinação dos símbolos da Jornada cumpriu missão de levar «convite a todos» – D. Américo Aguiar

Presidente da Fundação JMJ elogia compromisso dos jovens portugueses e diz que Igreja «não os pode perder»

Foto: João Lopes Cardoso

Lisboa, 19 jul 2023 (Ecclesia) – O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 fez hoje um balanço positivo da peregrinação que, nos últimos 21 meses, levou os símbolos da Jornada às dioceses de Portugal, fazendo “chegar o convite a todos” para o encontro mundial de agosto.

“Temos de dar graças a Deus por termos ido a todo o território nacional, continente e ilhas, interior e litoral, norte e sul. Todo”, indica D. Américo Aguiar, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A Cruz peregrina e o Ícone mariano que a acompanha percorreram dezenas de milhares de quilómetros pelas dioceses portuguesas, desde o final de outubro de 2021, no Algarve, fazendo percursos de avião, barco, comboio e carro.

“Estou muito agradecido aos jovens das paróquias, das vigararias, das dioceses, a todos, porque foram extraordinários. O melhor da Jornada são estes jovens que encontramos, alguns deles não tinham nada a ver com organismos ou movimentos da Igreja, sentiram-se curiosos, disseram sim à provocação de Deus e nós não os podemos perder”, sublinha o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.

O responsável acompanhou, esta manhã, a passagem dos símbolos da Jornada pelo Bairro do Zambujal, Amadora, falando num momento “particularmente simbólico”.

“É uma oportunidade de evangelização, de anúncio de Cristo vivo, de testemunho da nossa fé, no respeito por aquilo que é a fé de cada um ou a ausência de transcendência na sua vida”, assinalou.

Uma celebração na Sé de Lisboa, no próximo domingo, assinala o fim da peregrinação de quase dois anos em Portugal.

A Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora foram entregues pelos jovens do Panamá, onde decorreu a JMJ 2019, aos jovens de Portugal numa Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, a 22 de novembro de 2020, solenidade litúrgica de Cristo Rei.

Apesar dos condicionalismos provocados pela pandemia, os símbolos da JMJ peregrinaram em Angola, entre os dias 8 de julho e 17 de agosto de 2021; na Polónia, entre os dias 21 de agosto e 1 de setembro; e em Espanha, desde o dia 5 de setembro do mesmo ano.

A próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude vai decorrer em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto de 2023, na primeira vez que Portugal acolhe a iniciativa, um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

PR/OC

A Cruz peregrina

Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por São João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países.

Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.

Ícone

Desde 2000 que a Cruz Peregrina é acompanhada pelo Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este Ícone foi introduzido também pelo Papa São João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens.

Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das devoções mais populares marianas em Itália: é antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.

 

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