Lisboa 2023: Partilhar fé e culturas e estar ao serviço são propósitos de voluntários da JMJ

24 mil voluntários, de mais de 140 países, ajudam na Jornada Mundial da Juventude

Foto: JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 31 jul 2023 (Ecclesia) – Serviço, partilha e crescimento na fé são objetivos comuns a sete voluntários da JMJ Lisboa 2023, de várias origens e contextos, que partilharam hoje as razões para participar neste encontro mundial.

“Se estou hoje na Jornada foi porque algum dos milhares de voluntários se empenharam, doaram a sua vida para que eu estivesse aqui”, disse Micael de Almeida, natural do Brasil, missionário da comunidade católica ‘Colo de Deus’.

O jovem fisioterapeuta, que faz parte de uma “equipa especial” da JMJ Lisboa, dedicada à área da saúde, dos bispos e das pessoas com deficiência, lembrou que recebeu o chamamento para a vida missionária na Jornada do Rio de Janeiro, em 2013, e “nunca” imaginou onde Deus o “iria levar”.

“Estar sendo voluntário, eu quero ser as mãos das pessoas e a voz de Deus para que outras pessoas também se encontrem com Deus, que também atendam a esse chamado missionário como eu um dia”.

Já Marian Asham, de 23 anos, chegou do Cairo, a capital do Egito, é do rito Copta Ortodoxa, e foi um amigo católico que lhe falou deste evento e da “experiência extraordinária”.

“Uma das muitas razões que me trouxe aqui foi ver como outros jovens, de outros países, vivem a sua fé. A diversidade de culturas e tradições e como os antecedentes culturais os influenciam. Eu quero a minha relação com Deus não apenas por causa das tradições mas uma relação pessoal”, assinalou.

A jovem estudante de fisioterapeuta está “pela primeira vez” numa edição da Jornada Mundial da Juventude, “sozinha”, para partilhar a fé.

“Todos partilhamos o amor de Deus e há muitos milhões de razões; espero que esta experiência nos fortaleça na fé”, acrescentou Marian Asham.

Carolina Durães, 21 anos, natural de Braga, foi a jovem voluntária portuguesa deste grupo que incluiu também o padre Pierre Paul Anano, do Togo/Tanzânia, para quem é “impressionante ver toda a diversidade e, ao mesmo tempo, todas as semelhanças dos jovens”.

“Estão a ser as minhas primeiras jornadas, ainda por cima, no meu país como voluntária, vi logo a oportunidade do serviço”, disse Carolina Durães.

Para além de querer mostrar aos outros a cultura e os hábitos de Portugal,  considera este encontro também uma “excelente forma de comunicar com outros jovens” e perceber o “poder da juventude”.

“Este evento é feito pelos jovens e para os jovens. Nós temos esta voz da verdade. Quem melhor para mudar o mundo do que o futuro. Os jovens são o futuro, é excelente oportunidade de todos nos fazermos ouvir, de todos crescermos juntos”, desenvolveu Carolina Durães.

O “grande motivo” para participar foi “querer sentir um acompanhamento da fé”, às vezes, sentia que estava um “bocado sozinha” na fé, e quando a jovem de Braga chegou a Lisboa, com tantos jovens, sentiu que “não estava sozinha”.

“Quem sabe, daqui, com a fé ainda maior do que a que cheguei, levar Deus aos outros, acho que isso é um poder magnífico das Jornadas Mundiais da Juventude”, acrescentou a jovem portuguesa.

Agen Flora Gomes, do Bangladesh, começou por partilhar que são “poucas as comunidades cristãs” no seu país, lembrando a passagem dos portugueses no século XV, e, agora, quer “levar esta fé” de volta.

Do norte do Iraque, chegou Saad Khoram, o engenheiro mecânico, participa na sua quarta Jornada Mundial da Juventude e explicou que o “maior desafio” foi conseguir ter o “visto, por causa da situação do país”, onde os cristãos são um por cento da população.

A partir da sua experiência nas edições internacionais da JMJ do Rio de Janeiro (Brasil), Cracóvia (Polónia) e Panamá, afirmou que a Jornada é uma “oportunidade de viver a fé” e de partilha.

“Uma oportunidade de fortalecer a fé e partilhar culturas”, sublinhou, observando que não há “muito tempo para viver a fé”.

Saad Khoram espera que esta Jornada “faça a fé de todos mais forte e próxima de Jesus”, e partilhou que escolheu ser voluntário para “servir”.

Luis Pina, da Venezuela, é emigrante na Turquia onde “não é fácil um católico levar a fé” porque são uma minoria, e uma das “grandes motivações” para participar na Jornada Mundial da Juventude “tinha necessidade de se encontrar com o Deus jovem, vivo”, e viver assim “nesta experiência” que é a Jornada Mundial da Juventude, com os jovens que “são o tesouro da Igreja”.

“Partilhar com todos e aprender. Vim aprender e a servir os outros”, concluiu.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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