Eventos Centrais vão ter interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e gesto internacional
Lisboa, 01 ago 2023 (Ecclesia) – A coordenadora das áreas da inclusão e da sustentabilidade da Jornada Mundial da Juventude 2023 destacou hoje o trabalho realizado para que a edição JMJ Lisboa seja uma “experiência mais plena possível” para as pessoas com deficiência.
Em conferência de imprensa, Carmo Diniz explicou que não têm um programa particular, mas, ao longo destes anos, trabalharam para que as pessoas com deficiência tenham uma “vivência igual” aos outros e que essa “experiência seja a mais plena possível”.
A JMJ Lisboa 2023 tem 1753 peregrinos com algum tipo de deficiência inscritos, contabilizou esta responsável, explicando que 135 são surdos, 241 cegos, e os restantes com mobilidade reduzida e deficiência intelectual, 263 pessoas em cadeiras de rodas.
“Cuidamos os locais, preocupamos-mos”, afirmou Carmo Diniz, indicando que nos principais locais da Jornada Mundial da Juventude, que começa esta tarde, com a Missa de abertura às 19h00, no parque Eduardo VII, têm zona reservada, com sombra, por exemplo uma tenda da calma, e uma empresa que pode ajudar a resolver alguns problemas com as cadeiras de rodas.
Durante o encontro, há também interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e gesto internacional, destacou, explicando que os gestores de peregrinos também foram registando necessidades dos peregrinos.
Já na área da sustentabilidade, explicou que envolveram muitas pessoas e foi realizado um “trabalho robusto”, no tratamento de resíduos, para que sejam separados e cuidados, porque têm uma “vida para além da primeira utilização”, tiveram preocupações com a poupança de água e de energia.
Carmo Diniz recordou que os peregrinos podem “calcular a pegada carbónica” e tomar consciência do impacto que têm ao participar nesta JMJ, existem também um Manual de Boas Práticas, e recordou os “grandes desafios da plantação de árvores”, desde 8 de dezembro, incentivando que continuem e se “dedique a plantação à JMJ”, fazendo o registo.
O padre Nuno Amador, da Direção Pastoral e Eventos Principais, apresentou as novidades pastorais da JMJ Lisboa 2023, como o ‘Ensemble 23’, um ensemble internacional com cerca de 50 jovens de 21 países, que já trabalham e vivem em conjunto há cerca de seis semanas, em Portugal e os encontros ‘Rise Up’, as antigas catequeses, que vão ser realizados “a partir do método sinodal”, e os Evangelhos cruzados com os temas do Papa Francisco.
O ‘Rise Up’ desafia os jovens a pensar estes assuntos, com presença do bispo, que estará em nome da Igreja para falar e celebrar com eles, mas os jovens são os “protagonistas” dos encontros e da reflexão.
O sacerdote do Patriarcado de Lisboa explicou que o objetivo da direção é que o peregrino possa fazer “uma jornada espiritual”, um caminho que começou na preparação para a JMJ, a viagem, e quando chegam possam “experimentar a partir do tema o que é viver essa peregrinação ao longo de uma semana”, participando em muitos eventos.
A partir do Evangelho do tema desta edição, querem proporcionar uma “caminhada espiritual”, com orações diárias, os eventos centrais inspirados no Caminho de Maria e no Evangelho da visitação, acrescentou.
O padre Nuno Amador referiu-se também ao Festival da Juventude da JMJ, um “momento importante de festa em toda a cidade”, com mais de 600 eventos, em 90 locais diferentes e com a participação de mais de 2500 artistas.
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, preside hoje à Missa de abertura da JMJ 2023, pelas 19h00, na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII), e, segundo o programa há animação antes de depois da celebração.
“Um tempo de música no palco central, todos os momentos que antecedem os eventos centrais fazem parte do programa do Festival da Juventude. Hoje teremos sobretudo bandas – Cleiton Saraiva (Brasil); Joe Melendrez (Inglaterra); JIM e Banda Missio (Portugal), MasterPlan (Dubai); depois da Missa a atuação do Kayrós”, disse o padre Nuno Amador.
CB/OC
Assente no princípio “’Como cuidar da nossa casa comum” a JMJ Lisboa 2023 disponibiliza o “Manual de Boas Práticas para uma Jornada Sustentável”. O documento define um conjunto de boas práticas a aplicar “nas várias categorias da cadeia de valor do evento que permitam uma maior eficiência na sua gestão, com mais ética, mais transparência, melhor organização e benefícios para a sociedade, procurando fomentar ações ambientais de mitigação – como a plantação de árvores, limpeza dos rios e praias, reciclagem e reutilização de materiais, uso responsável dos recursos – e potenciar os impactos positivos e gerir adequadamente os impactos negativos, promovendo a sua minimização ou eliminação”. Mais informação sobre o compromisso está disponível na plataforma oficial da JMJ Lisboa 2023. |