Dimensão ecuménica é uma das apostas do encontro mundial
Lisboa, 10 jul 2023 (Ecclesia) – O diretor do Departamento para relações ecuménicas e o diálogo inter-religioso do Patriarcado de Lisboa disse à Agência ECCLESIA que os jovens que vão participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vão passar por espaços de outras confissões religiosas, promovendo o diálogo entre crentes.
“Os participantes da JMJ podem visitar lugares de culto como a mesquita, sinagoga, centro ismaili, o templo hindu e também algumas igrejas ligadas às questões inter-religiosas, como é o caso da Igreja de São Domingos e a Igreja de São Roque”, adiantou o padre Peter Stilwell.
A Universidade de Lisboa vai também plantar “seis árvores no Jardim Botânico Tropical” para recordar “as seis grandes famílias religiosas” e é um gesto que o Papa Francisco “aprecia muito”, salientou o responsável.
No campo da unidade dos cristãos, o programa “é mais variado” e existem “duas grandes comunidades que trabalham nesta área – Taizé e ‘Chemin Neuf’ – que vêm da França”, afirmou o sacerdote ao Programa ECCLESIA, emitido hoje na RTP2.
A comunidade de Taizé vai “gerir todas as horas do dia, na Igreja de São Domingos” e a comunidade ‘Chemin Neuf’ vai estar “na Basílica da Estrela”, anunciou o padre Peter Stilwell.
Durante a primeira semana de agosto, os monges de Taizé vão animar tempos de oração comunitária, na igreja de São Domingos, na Baixa de Lisboa, perto da Praça do Rossio, com a presença do prior da comunidade, irmão Alois.
A Sociedade Bíblica Portuguesa (SBP), por sua vez, vai procurar criar pontes na área da ecologia e vai mostrar como a Bíblia, com “textos milenares”, fala destes assuntos.
“Queremos que os peregrinos possam refletir sobre as questões ecológicas a partir da Sagrada Escritura”, com a ajuda da exposição ‘Ekologia’, disse Simão Fonseca.
A mostra pretende ser “uma fusão de três conceitos”: Ecologia, Ecclesia e Ética.
Através de vários módulos e meios digitais, a SBP vai mostrar “a beleza deste planeta azul”, disse Simão Fonseca.
Esta mostra vai estar patente, de 1 a 6 de agosto, no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Já a coordenadora do Secretariado Juvenil da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana) realça que, desde o início, a comunidade esteve disponível para participar na JMJ e que os jovens “não perdessem esta oportunidade e não ficassem de fora”.
A Igreja Lusitana vai “participar com um grupo de jovens” e vai “juntar-se a outros grupos de várias nacionalidades”, disse Mariana Sá Couto.
A Catedral de São Paulo, da Igreja Lusitana, vai ser um “espaço de acolhimento” durante a semana da Jornada Mundial da Juventude que se realiza em Lisboa, de 1 a 6 de agosto.
“Visitar estes espaços é sinal de ecumenismo”, conclui Mariana Sá Couto.
PR/LFS/OC