Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida evocou impacto da pandemia, que adiou encontro mundial por um ano
Lisboa, 06 ago 2023 (Ecclesia) – O cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, disse hoje em Lisboa que a 37ª JMJ, concluída este domingo, foi uma prova de persistência “diante das dificuldades”.
“Agradecemos a tenacidade e a confiança em Deus de tantas pessoas que não desanimaram diante das dificuldades. A pandemia manteve o mundo instável desde o início de 2020, a data da JMJ foi adiada um ano, mas ninguém perdeu o ritmo ao longo do caminho.”, referiu o colaborador do Papa.
Para o responsável pelo organismo que coordena as edições da JMJ, os organizadores de Lisboa “continuaram a trabalhar arduamente todos os dias para que esta Jornada pudesse ser celebrada”.
O cardeal norte-americano agradeceu a “generosidade” dos jovens que vieram a Lisboa e partiram das suas terras para “encontrar o caminho que leva a Jesus Cristo e aos outros”.
“Agradecemos que os jovens tenham sido peregrinos da paz, em tempos em que muitas, muitas guerras estão a ser travadas em tantas partes do mundo. Testemunhando assim que a amizade, a caridade e a paz não são uma utopia”, apontou.
Jovens de todo o mundo que esperavam por esta peregrinação e se dispuseram a participar, superando muitos obstáculos. A poderosa intercessão de Nossa Senhora de Fátima tem sido fundamental para todos nós, que esperamos muitos de seus filhos nesta terra com coração de Mãe”.
A intervenção evocou os que não tiveram a oportunidade de vir a Lisboa, mas “viveram a JMJ através dos meios de comunicação ou participando nos muitos dias de oração, fraternidade e missão que foram organizadas em muitas dioceses ao redor do mundo”.
“Obrigado, Santo Padre, por nos trazer o anúncio e o testemunho do amor fiel e incondicional do Senhor durante estes dias! Obrigado porque nos dá esperança, lembrando-nos incansavelmente que o caminho da paz e da reconciliação entre os povos é possível”, declarou.
O cardeal Farrell pediu que o Papa abençoasse os jovens, para que, após o regresso a casa, possam continuar a ser “discípulos-missionários, como têm sido nestes dias”.
Lisboa recebe desde terça-feira a primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em território português, com a presença de centenas de milhares de participantes dos cinco continentes.
Portugal é o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa.
Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).
OC