Coordenador do encontro mundial homenageia «jovens heróis» que mantiveram Jornada viva desde 2019
Lisboa, 01 jul 2023 (Ecclesia) – O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 disse à Agência ECCLESIA que o desafio para o pós-Jornada Mundial é “desenhar o futuro” com os jovens, potenciando o trabalho feito nos últimos anos.
“Vamos juntos, sinodalmente, desenhar o futuro que Deus está a gritar no coração de cada um”, apela D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, em entrevista, a um mês da realização do encontro.
Para o responsável, a Igreja Católica tem de continuar a contar com os “jovens heróis” que tornaram possível a peregrinação dos símbolos da JMJ pelas dioceses portuguesas e que continuaram a “alimentar a chama da Jornada”, durante quatro anos, particularmente após o adiamento do encontro, por causa da pandemia de Covid-19.
“O prolongamento, no tempo, não foi bom, cansou as equipas, desmobilizou pessoas. Este tempo foi supletivo foi negativo, para o desafio que temos pela frente, mas veio também reforçar a heroicidade destes homens e mulheres, destes jovens e adolescentes”, assinala.
D. Américo Aguiar destaca o trabalho feito desde o anúncio da escolha de Lisboa, que aconteceu no Panamá, em janeiro de 2019.
“As coisas mais importantes, que nos marcam para a Jornada, já aconteceram e estão a acontecer”, sustenta.
Para o coordenador da próxima edição internacional da JMJ, que Portugal recebe pela primeira vez, o maior fruto deste encontro “é aquilo que tem vindo a ser feito, até hoje, por todos”.
O bispo auxiliar de Lisboa recorda, a este respeito, os jovens que se preparam para participar, com foco particular, em Portugal, nas estruturas que foram criadas – os Comités Organizadores a nível paroquial, vicariais e diocesanos – para a JMJ Lisboa 2023.
“São milhares e milhares de jovens, em todo o país, que se têm dado sem medida para construir a Jornada Mundial da Juventude. Este é o maior fruto que vamos ter”, afirma.
“Tenho pedido que não percamos estes jovens”, acrescenta.
Questionado sobre o “dia seguinte” ao final da JMJ, D. Américo Aguiar defende que a Pastoral Juvenil deve ter novas propostas para o pós-JMJ, respondendo a “muita fome, muita procura” das novas gerações, num desafio “muito exigente”.
“Se a única proposta é que, aos domingos, há Missa às 11h00, na comunidade, isso é curto, muito curto”, adverte.
A partir de dia 7, temos de rasgar o costume, apagar isso, e ter a coragem de desenhar, com os jovens, aquilo que o futuro nos apresenta”.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 conta com 313 mil peregrinos e 22 mil voluntários com inscrição finalizada, a um mês do início do encontro mundial, a que se devem somar milhares de não-inscritos, nas celebrações conclusivas presididas pelo Papa.
“Gostava que, quando voltassem aos seus países, às suas vidas, às suas realidades, tivessem uma decisão de ser melhores pessoas. Ser melhor pessoas, que é a razão do encontro com Cristo vivo, do encontro com o Papa, do encontro com jovens diferentes, mas iguais na vontade de mudar o mundo”, refere D. Américo Aguiar.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa convida os jovens a assumir a mensagem que o Papa tem repetido em favor do diálogo “intergeracional”, valorizando os avós, particularmente.
A entrevista a D. Américo Aguiar vai estar em destaque na próxima emissão do Programa ‘70×7’, este domingo, pelas 17h30, na RTP2.
PR/OC