Apresentação de contas da Fundação JMJ marcou passagem de testemunho na presidência da instituição
Lisboa, 31 mai 2023 (Ecclesia) – O cardeal D. Américo Aguiar, presidente cessante da Fundação JMJ Lisboa 2023, disse hoje que o resultado positivo de mais de 35 milhões de euros, desta instituição, é um mérito de “cada português”.
“Queria que cada português e cada trabalhador sentisse este balanço positivo como seu”, assinalou, na conferência de imprensa de apresentação de contas da fundação que assegurou a organização da Jornada Mundial da Juventude, em agosto do último ano.
O atual bispo de Setúbal admitiu que o número de inscritos, nos meses imediatamente anteriores à JMJ, “ultrapassou” as expectativas e ajudou a este resultado positivo, no final de 2023.
“Entre peregrinos, voluntários e o clero, nós ultrapassámos o número mágico dos 400 mil. Nunca pensei que chegássemos lá”, admitiu o coordenador-geral da primeira edição portuguesa deste encontro internacional, promovido pela Igreja Católica.
O cardeal D. Américo Aguiar elogiou o papel dos voluntários e uma gestão “austera”, assumindo que antes da JMJ 2023 havia uma expectativa de superavit na ordem dos 3 a 4 milhões de euros que foi ameaçada pelo aumento dos custos dos transportes, com “centenas e centenas” de autocarros.
Além deste dossier, a organização enfrentou o aumento dos custos, devido à inflação, em áreas como a alimentação e outros serviços.
“Graças a Deus, graças a Portugal e aos portugueses, ao empenho de todos, não aconteceu o prejuízo”, relatou.
[A JMJ] comprovou mais uma vez que nós somos bons. Quando Portugal tem um desafio, quando temos uma bandeira comum, nós somos capazes e somos capazes de fazer o melhor. Às vezes partimos de uma base muito difícil, sem meios, sem pessoas, mas chegamos ao fim e conseguimos”.
O responsável da Fundação JMJ Lisboa 2023 destacou que o evento permitiu “injetar” dinheiro na economia portuguesa, com mais de 20 milhões na alimentação ou 6,7 milhões nos transportes, entre outros.
D. Américo Aguiar agradeceu às entidades públicas e privadas envolvidas nesta organização, que sofreu atrasos por causa da pandemia da Covid-19 e enfrentou o desafio da reconversão de todo o espaço do Parque Tejo, entre Lisboa e Loures, após ter chegado a ser projetado para o aeródromo de Alverca.
A conferência de imprensa, no Pavilhão Carlos Lopes, marcou a passagem de testemunho para o novo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, o padre Alexandre Palma, do Patriarcado de Lisboa, que inicia funções em julho.
O responsável assumiu como “princípio basilar” da sua atuação futura que “o dinheiro é dos jovens”.
“Os proveitos que resultam desta organização são dos jovens”, insistiu, apresentando como “foco” do trabalho da fundação a “promoção da infância e da juventude”.
A instituição vive uma fase de “transição”, após todo o esforço de organização da JMJ 2023, com apostas na área “pastoral” e da “educação”.
HM/OC