Dois jovens levam bandeira de Portugal para preencher de assinaturas e conhecer pessoas
Lisboa, 01 ago 2023 (Ecclesia) – Cauã Galvão e Maria Repolho, de Portimão, são dois dos muitos peregrinos que encheram a Colina do Encontro, e era a esses outros que pediam assinaturas na bandeira de Portugal, antes da Missa de abertura da JMJ Lisboa 2023.
“Acho que é das Jornadas que tem mais pessoas do mundo, seria giro pelo menos um de cada canto, então vamos tentar ter assinaturas de todos os países que conseguirmos”, disse Maria Repolho à Agência ECCLESIA.
“Escolhemos essa loucura de tentar o máximo possível de assinaturas”, acrescentou Cauã Galvão, natural do Brasil, a viver há um ano em Portimão, observando que tinham começado há pouco tempo: “Já temos três países e continuamos à procuramos”.
A viverem a sua primeira edição internacional de uma JMJ, Maria Repolho destaca que “Portugal é um país que acolhe muito bem as pessoas”, e considera “superimportante fazer estas memórias, e conhecer novas pessoas, conhecer os costumes”.
A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.
Os dois jovens esperam mudanças na sua vida depois desta vivência, Cauã Galvão que “abra os olhos, e principalmente o coração” para a outras culturas e ao mundo, enquanto Maria Repolho espera “também como cristã tirar as dúvidas”.
“E que me abra os olhos para muita coisa da minha vida que eu estou a precisar de respostas”, acrescentou a jovem algarvia.
Manuel Évora é da ilha da Boavista, em Cabo Verde, também está pela primeira vez numa Jornada e espera “levar um bocadinho desta força para contagiar os outros jovens”.
“Precisam desta força, deste contágio, deste ânimo, para sentir que Cristo está presente nas nossas vidas e está nas nossas vidas diferente, diferente para melhor, e nós para tratar os outros também muito melhor”, disse à Agência ECCLESIA.
Nas edições anteriores deste encontro mundial não teve oportunidade de participar, mas, em Portugal, segundo Manuel Évora é uma JMJ que fala a mesma língua: “Sentimos também a nossa jornada em Cabo Verde, até viemos 1000”.
“A importância é muito grande, é a importância de conviver juntos, de sentir a força da Igreja Universal, sentir a força de uma Igreja juvenil que muitas vezes não sentimos, no dia-a-dia”, explicou.
Animados, colina acima, caminhava um grupo de jovem do norte de Portugal, provenientes de várias comunidades – Ardegão, Navió, Poiares , Vitorino dos Piães – do Arciprestado de Ponte de Lima, na Diocese de Viana do Castelo.
“Um grande encontro com Cristo, com o Papa e também em comunhão com todos os peregrinos que estão aqui na JMJ. As expectativas são muito grandes, ainda por cima, no nosso país e estamos à espera de um grande encontro e convívio”, explicou Ricardo Fernandes.
O Papa Francisco disse que “gostaria de ver em Lisboa uma semente do mundo do futuro”, e para este animador, nomeado porta-voz pelos jovens, afirma que eles “são capazes disso e de muito mais”, já estão a sentir isso neste primeiro dia de Jornada, porque “estão entusiasmados, com alegria”.
O grupo de Catequese do projeto ‘Say Yes’ da Paróquia de Barcarena fez um percurso de quatro anos para participar nesta Jornada Mundial da Juventude, e Mónica Duarte realçou que “é uma experiência de juventude que acrescenta muito à vida de todos eles”, por siso, é importante como “experiência de conhecimento e encontro com Cristo”.
“Tive a graça de ir quando era da idade deles e hoje sinto que tenho de os ajudar a ter esta experiência. É ótimo para eles estar com jovens católicos do mundo inteiro e estar com Pedro, com o nosso Papa, o Papa Francisco, acho que os fará excrescer a todos, fá-lo-á melhor cristãos e melhores pessoas”, desenvolveu.
Do nordeste do Brasil, do Seará, viajou João Vítor Sousa, de 18 anos, com mais duas amigas, porque “sempre” quis participar desde a edição no Rio de Janeiro, em 2013.
“Dessa vez tive oportunidade, sempre quis ver o Papa, sempre quis ver muito católico reunido, acho muito bonito”, acrescentou, revelando que a está a ser uma “experiência maravilhosa, não podia esperar melhor”, porque “tudo parece ser incrível”.
Dezenas de milhares de peregrinos acorrem, durante várias horas, à Colina do Encontro (Parque Eduardo VII), para a Missa de Abertura da JMJ Lisboa 2023, o primeiro encontro dos jovens neste encontro mundial.
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, presidiu a celebração, afirmando que “todos” são bem-vindos
Na celebração, os participantes rezaram “pela paz no mundo e pelo fim das guerras”, propondo a vivência da “comunhão fraterna”.
Durante a JMJ Lisboa 2023, o espaço do Parque Eduardo VII tem a designação de ‘Colina do Encontro’, tal como é tradição das Jornadas Mundiais da Juventude.
Segundo a Fundação JMJ, no início do encontro mundial havia 354 mil jovens que completaram a sua inscrição.
Os países com mais peregrinos inscritos são provenientes de Espanha (77 224), Itália (59 469), Portugal (43 742), França (42 482) e Estados Unidos da América (19 196)”, indica a organização do encontro.
CB/OC